sexta-feira, 1 de dezembro de 2006
domingo, 26 de novembro de 2006
sair do coma
quarta-feira, 4 de outubro de 2006
Balada do Ginecologista
A uma senhora carente
Já as dei com mansidão
E de forma veemente
Já as dei sem querer nada
Em troca p’la gentileza
Já as dei de tal maneira
Que não me estranham a destreza
Já as dei de sandálias,
Descalço e ao pé-coxinho
Já as dei de má vontade
Pois estava com o vinho
Já as dei inquieto
Com vontade de dar mais
Já as dei a meninas de bem
Mas sempre às escondidas dos pais
Já as dei de toda a sorte
Mas sempre a senhoras, convém
Pois nunca em vida vi um homem
Nascido com o sexo de sua mãe
(advertência ao leitor)
Se te assalta a bacante luxúria
Fica sabendo que assim me insultas
Bem sabes que estas quadras elogiam
A divina arte de dar consultas…
terça-feira, 19 de setembro de 2006
Piadão Ventoinha que o autor tem a sensação que já foi feito mas mesmo assim arrisca
Marques Mendes processado por negligência
Sininho, que se viu privada de voar devido ao peso na barriga, perdeu milhares de contos em contratos para filmes e viveu momentos de depressão, pois a sua esbelta cinturinha deixou de caber no tutu ridículo. O Capitão Gancho, padrinho de Marques Mendes na política e colega na Coligação Meninos Perdidos, arcará com as despesas do processo.
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
TVI censura episódio de Inspector Max
A TVI convidou Wes Craven, o conhecido realizador da trilogia “Scream” e de “Pesadelo em Elm Street”, para realizar um episódio de Inspector Max. Nada de anormal até o episódio sair da edição, fresquinho, para ser visionado pelas autoridades éticas que actuam nos bastidores da TVI. O visionamento resultou num festival de vómito e Martini – há quem não se proíba de beber, até nestas situações.
Escusado será dizer que o Ventoinha teve acesso exclusivo a esse visionamento.
O episódio era simplesmente isto: Max, no princípio do episódio, está a dormir e um traficante enfia-lhe droga na cavidade anal. Ora, como é hábito dos cães andarem sempre atrás do próprio rabo, ninguém liga. Max passa o episódio todo a perseguir a própria cauda e a ouvir frases de ficção nacional como: “Ah, seu sacana!”, “Bolas, Max!”, “Max, só mesmo tu, pá!” e “Pára de perseguir a tua cauda que vais tão longe como a ficção nacional!”. O cão não percebeu.
O auge do episódio dá-se quando o inspector Jorge Mendes, desconfiado de que Max é traficante, tira a arma para o abater e vê, estupefacto, o agente canino a arrancar o rabo à dentada e a devorar o seu próprio cu, para no fim trazer de lá um saquinho de 1/5 kg droga.
E tudo acaba bem: “Muito bem, Max! Ah ah ah, o que era eu sem ti, companheiro!”, diz Jorge Mendes no final do episódio.
terça-feira, 29 de agosto de 2006
Pré-época Ventoinha: O Trimarã descodificado
Agora, o Código:
Havia uma morena, essa morena – toda a gente sabe – era Maria Madalena. Os dois franceses são bodes expiatórios, utilizados num joguete da Igreja, com um único fim: matar o pobre homem, que afinal era descendente de Jonas (o tal da barriga do peixe) e que vinha a Portugal, juntamente com Maria Madalena, para fins recreativos; que isto de salvar o mundo já deu.
Mas os franceses não sabiam que iam matar o homem. Na tentativa de pescar um ou outro polvo, porque eles são franceses e gostam de entradas (como a bela da saladinha!) empurraram o homem, que entretanto ficou atado a umas chumbadas, sem ninguém saber como, e assim morreu.
Mas ainda há muito para explicar: onde andava o Pinocchio? A salvar o Geppetto, com certeza? Não, nem por sombras! O Pinocchio estava com a morena, porque a madeira incha com a água. Desta forma, e para regozijo da morena, tornou-se impossível para Pinocchio ajudar o pobre homem que se ia ao fundo, devagarinho, com uma brochura de uma estância de turismo rural no bolso.
Assim se conclui: o descendente de Jonas morreu e “levou com a lenha”, porque o Pinocchio e a morena “pinocchiaram” que se fartaram. Os dois franceses, cujo móbil – que mata a cabeça a tanta gente – era apenas um polvo de dois quilos e duzentas, voltaram para terra sem polvos e estão condenados ao pesadelo gastronómico de comer na prisão. Eles estão, portanto, inocentes. O que matou o homem foi a ineficiência e perfídia de Pinocchio.
Geppetto continua na barriga da baleia.
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
Evolução (ou não)
sexta-feira, 7 de julho de 2006
Da conspiração taxista
As revelações que estou prestes a fazer vão provocar algum choque, ou não. Toda a gente já reparou que os taxistas têm um comportamento estranho na estrada. Até aqui, tudo muito certo, agora, o que não sabem é o seguinte, os taxistas são de uma espécie diferente da do condutor normal, eles não são humanos. O que acabo de dizer é tão certo como ficar com a pilinha em forma de castanha de caju quando tomo banho frio.
Eu não queria acreditar quando me disseram, então, para tirar tudo a limpo, decidi ir verificar. E não é que cheguei à conclusão de que os taxistas são como os vampiros! Como é que me apercebi disto, perguntam vocês, é simples: os táxis nunca aparecem nos retrovisores, isto é, o corpo físico que eles têm não é reflectido; mas isto não é o pior, o pior é quando nós queremos mudar de direcção numa faixa de bus e eles aparecem, do nada, sem mais nem menos, sem terem dado sinal de vida no retrovisor. Quando estamos a mudar de direcção, toma lá bolachas!, aí estão os taxistas, sem dar abébias, e prontos para dar cabo do carro que nós vamos a conduzir. Para além de não se ver o reflexo deles, eles costumam ser chupistas, mais uma parecença com os vampiros. Se entrarem num táxi com hálito a alho, os taxistas coçam-se todos e afastam a cara (mas isto também acontece nos autocarros, nos cafés, nos acontecimentos sociais em geral). Enfim, ao que parece, eles conspiram para que toda a estrada seja uma grande via de bus, incluindo auto-estradas, e para que mais ninguém possa andar nas estradas a não ser que seja taxista. Ah!, mais uma coisinha, se apanharem um táxi e se depararem com uma foto do Robert de Niro em tronco nu e de moicana, é sinal que esse taxista pertence a um dos graus superiores da hierarquia taxista.
terça-feira, 4 de julho de 2006
Post que sai do registo de engraçadinho do autor e demonstra a centelha romântica do mesmo aproveitando a euforia futebolística:
E desmarco da roupa os teus ombros caídos
Centro para a pequena área dos teus lábios
E remato, marcando Beijo!
Numa jogada estudada, planeio um livre
Directo ao teu coração
Passo as mãos pela cara
Ajeito a camisola e o calção
Remato um carinho
Para te sentir na minha mão
Jogo com os sentidos a defender em linha
Atento aos teus foras de jogo
(Marco-te falta, de cartão em punho, se não te quiseres minha)
Nas bancadas, gritam por mim,
Que ataco agora.
Estamos empatados em número de beijos
E já está quase na hora
Entramos nos descontos
E eu marco um canto com a sobriedade
Que ainda me resta
Falho o beijo que me faria vencedor
Adiando a esperada festa
No tempo extra, marcas um beijo
E eu outro
E, extasiados já,
Continuamos empatados até ao final.
Na sorte dos penalties nos lançamos
Almejando a vitória neste amor que jogamos
Terminou o jogo e ganhaste tu
(quer dizer, ambos ganhámos)
Nada é perder por 4-3 em beijos
Havemos de nos cruzar noutra jornada
segunda-feira, 26 de junho de 2006
sábado, 24 de junho de 2006
Piadão Ventoinha que se vê forçado a fazer pouco das desgraças dos outros para vingar como piadão e no entanto pode não ser assim tão engraçado II
Piadão Ventoinha que se vê forçado a fazer pouco das desgraças dos outros para vingar como piadão e no entanto pode não ser assim tão engraçado
terça-feira, 20 de junho de 2006
Post Poema Paródia: O Português Suave
O que vou dizer
Não é grave
Não se apoquentem os olhos mais pátrios
Que isto de assembleias e de repúblicas
Ou são brincadeiras de putos nos pátios
Ou enrabadelas económico-lúdicas
Abram alas para o jocoso, malandro, Chico esperto
Mandrião, peralvilho, guloso e canastrão
Deixem passar o Português Suave, anti desperto,
Que veio de Abril com o remote control na mão
(Deixem-no ir a mudar de canal
Escolher o espectáculo onde não é artista
Canta canário, dorme canário, muito trabalho, pouco salário
Ai que está caro, o alpista!)
Aí está o Português Suave, ronceiro, cheio de esperança
Na Justiça que tarda a vir na lotaria
Prefere a aproximação à sorte grande na balança
Prefere não dar troco aos que comem em demasia
Os que comem em demasia, também em demasia falam
E é assim a democracia, não há bela sem senão
O Português Suave discute, sim!, mas na mesa da cervejaria
E vai para casa, atravessado, crendo que tem opinião!
P.S. – Se nada disto fizer sentido
Dou o dito por não dito
Calo-me, abstendo-me
Do que vejo e acredito
domingo, 4 de junho de 2006
Provérbios Provados :: Provérbio em capítulos - Cap. III
Finalmente o Mendes chegou à conclusão de que com o Tó Marmeleiro não faria dinheiro. Quanto muito faria farinha com a Belinha, moradora de Vila Bela. Mas só lhe restava fermentar-lhe a imaginação com umas quantas antologias poéticas e outros tantos romances de cordel para sobremesa do primo Manel. O meio era rural, mas não tão arcaico que se chegasse a vias de facto de duelos e coisas que tal, e Belinha acatava, pacata, o Conselho Familiar que, encabeçado pelo tio Fragata, deliberava a propósito da sua futura descendência. Vila Bela situava-se longe do mar e o tio era Fragata só de alcunha, pois na realidade era caçador, e apreciava nos machos mais a capacidade de recolecção do Neolítico que o fraseado do Romantismo. Indicava o primo Manel, salientando as suas qualidades de varejador na apanha da azeitona mas, adivinhando a predilecção da Belinha pelo palavroso Mendes, murmurava para o compadre Marmeleiro:
- Tenhamos a perdiz, depois se tratará do molho
by Gui
quarta-feira, 31 de maio de 2006
Maria de Lurdes Rodrigues sugere Escolas Chinês?!
Numa declaração ao Ventoinha, feita muito à pressa na casa de banho do Tavares Rico e enquanto ajeitava a cinta, Maria de Lurdes Rodrigues sugeriu um modelo que vai revolucionar o Ensino em Portugal. Na tentativa de lutar contra o famigerado insucesso escolar e contra os elevados custos do material didáctico, a ministra sugere que se crie um protocolo com fornecedores, e alguns, se não todos, professores chineses, dando origem à criação, dentro das escolas, de lojas do Chinês. A ideia fundamental, deste projecto Escola Chinês, é utilizar manuais em chinês, lápis e borrachas produzidos por meninas alimentadas a arroz, salas da morte para as faltas disciplinares (mas com cores garridas e posters dos D’ZRT e do Mao), carregadores para telemóveis, sais de banho, chao min de barata, fichas triplas e uma edição Rosa Deluxe do “Livro Vermelho”, tudo a um preço reduzido. As associações de pais já se fizeram ouvir e concordam, pois, como chegou a afirmar Juvenal Barrasco: “O ensino está muito caro!”
Este protocolo, que vai ser apresentado em assembleia quando o João Almeida atingir a puberdade, vai ainda contar com a participação de Badaró, que se mostrou tão entusiasmado que chegou a gritar “Eu eispilico voceis só compilicam!” em plenos pulmões, tendo sido imediatamente transportado para as urgências do Hospital de Santa Maria por lhe ter rebentado a aorta.
sexta-feira, 26 de maio de 2006
Provérbios Provados :: Provérbio em capítulos - Cap. II
Foi assim que Belinha começou a trabalhar na retrosaria familiar e enquanto enrolava carrinhos de linhas e desfiava meadas, sonhava-se a tecer o manto do Tempo com as ninfas gregas. Grande parte do seu salário destinava-se à mercadoria da carripana do Mendes. Ele trazia-lhe livros por encomenda, desdobrava-se em ofertas de revistas e atenções. Tó Marmeleiro começou a desconfiar das constantes aparições do Mendes e do seu palavreado complicado, via como a Belinha se derretia ao ponto de falar com voz de mel e um dia, à hora de fechar a retrosaria, chamou-a à parte e disse-lhe:
- Podes casar com quem quiseres contanto que cases com o primo Manel.
by Gui
sábado, 20 de maio de 2006
Proverbios Provados :: Proverbio em capitulos
O Mendes vendia enciclopédias por toda a concelhia na sua velha carrinha. Tarefa ingrata, a do Mendes, vender palavras a retalho a gentes mais habituadas às pedras e à lavoura. Nem mesmo os livros de orações e de culinária, nem sequer os mapas das colheitas, conseguiam entusiasmar a clientela. Ficavam a olhá-lo em silêncio, coçando a cabeça hesitantes, enquanto o Mendes explicava a importância das obras numa torrente de frases. Não lhes passava pela ideia gastar dinheiro naquilo e o desconforto era enorme por não perceberem o palavreado. Por isso, evitavam-no. Quando se sentia pelas aldeias o troar da carripana, logo se estendia a notícia e os largos das igrejas esvaziavam-se como que por encanto... E não fosse a proximidade com os santos, quase se poderia dizer que aparecera o diabo em forma de gente. Os homens abandonavam os baralhos e os copos três e as mulheres corriam a fechar janelas e portas, mesmo se em hora de aleluias.
- Falai no Mendes e à porta o tendes
by Gui
terça-feira, 16 de maio de 2006
Caixa de correio - estou maravilhado!
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Que a paz do Senhor Jesus Cristo seja sobre sua vida!
Anunciamos a chegada de um material inédito:
- Um CD contendo um acervo de 2.780 estudos e esboços evangélicos da Palavra de Deus, para auxílio nos estudos, além de diversos outros recursos: Biblia Sagrada para instalação no computador, papéis de parede, centenas de louvores cifrados, hinos cristãos e um brinde especial.
É a ferramenta ideal para os estudantes da Palavra de Deus, pois o material do CD é extremamente organizado. Uma verdadeira "biblioteca digital".
Para todas as informações, por favor acesse o site: www.cadernocristao.com
No amor de Cristo,
Cadernocristao.com - contato@cadernocristao.com
Nota: PREZADO USUÁRIO: SE NOSSO E-MAIL O OFENDEU OU PREJUDICOU DE ALGUMA FORMA, PEDIMOS SINCERAS DESCULPAS. PARA CANCELÁ-LO, POR FAVOR REPLIQUE ESTE E-MAIL COM O TÍTULO "CANCELAR" E JAMAIS ENVIAREMOS EMAILS NOVAMENTE. OBRIGADO PELA COMPREENSÃO!!!
Exclusivo Ventoinha: Charcutaria no Vaticano bate-se pelo preservativo
segunda-feira, 15 de maio de 2006
A Maravilhosa Adolescência de Raul, o Lobo Preto
Tinha dezoito anos feitos há coisa de duas semanas quando decidiu brincar com o seu sexo. A educação, que tivera até então, nunca lhe havia permitido tal comportamento; tinha sido criado num colégio interno cujo governo pertencia a uma ordem religiosa. Raul tinha antecedentes, uns zunzuns nos corredores do colégio incriminavam o pobre rapaz. Dizia-se que era fanático por lingerie eclesiástica, mas, tal nunca se provou. Ainda na sua vida de reclusão, começou a ganhar interesse pelas práticas de Lúcifer, o homem que trabalhava no talho e que todas as manhãs levava carne fresquinha para o colégio. Raul sentava-se numa cadeira em frente à janela, todos os dias por volta das sete e meia da manhã, para ver Lúcifer chegar com as mãos cheias de sangue. Raul vibrava. Começou a sacrificar baratas e outros pequenos insectos que encontrava no dormitório, ambicionando tornar-se Lúcifer, ou como ele. Na ânsia de vir a ser tão grande como o homem do talho, decidiu adoptar um nome: Raul, o Lobo das Trevas que Sacrifica Tudo o que Mexe em Nome de Lúcifer, mas este nome era muito comprido, nem sequer cabia nas t-shirts que fazia, nem no logótipo que havia imaginado. Como gostava da lua cheia e porque ganhara o hábito de matar galinhas e passarinhos, dissecando-os, por puro gozo e para aprender a desmanchar peças, adoptou então um nome mais simples: Raul, o Lobo Preto. Foi gozado no colégio até fazer os seus dezoito anos.
É importante referir que o nascimento dos primeiros pelos púbicos, bem como toda a adolescência de Raul, que deveria ter sido passada a explorar-se, redundaram numa grande alergia ao plástico, pois tentou, vezes sem conta, cortar os pulsos com facas de piquenique e peças mais pontiagudas dos Playmobil. Não admira que só tenha brincado com o seu sexo com a idade de dezoito.
Hoje, com as tecnologias da informação cada vez mais acessíveis (até um homem do talho que se veste de preto e tem a mania que os Moonspell vão mandar no mundo um dia destes manda e-mails sem imaginação), recebemos uma mensagem de Raul que, entretanto, com a liberalização e internacionalização do mercado das carnes, passou de Lobo Preto para Black Wolf, esse grande amante das trevas que após a sua habitual purga uiva coisas sem pés nem cabeça.
Fica prometido, em exclusivo para o Black Wolf, um calendário das luas para pessoas aluadas!
domingo, 14 de maio de 2006
Prémio longevidade para cronista-provérbio
Numa espécie de emissão Ventoinha Memória, fica aqui o anúncio à nova cronista, a 6 de Dezembro de 2005:
Por forma a dinamizar ainda mais este nosso espaço, temos a honra de anunciar:
A partir da próxima sexta-feira (dia 9 de Dezembro), inauguramos uma secção de crónicas semanais. Não pretendemos competir com o Público ou a Visão, mas os nossos cronistas serão bastante melhores. E a estreia está a cargo da Gui, do Coisas que tal, que terá o seu espaço, designado tatarata: Provérbios provados. Nas palavras da brilhante escriba: "Escolherei um por semana e tentarei prová-lo (case study portanto hehehe) por a+b, aliás w+k ou algo assim bem esquisito". Promete! Todas as sextas, por w+k.
Obrigado Gui!
Caixa de correio
"Ó Ventoinha, faz-me um filho, quero dizer, faz-me um bico..."
Alguém arrisca uma análise?
sábado, 13 de maio de 2006
Piadão Ventoinha que demonstra que em Fátima quando os peregrinos estão a pagar promessas há coisas que não devem dizer
Ou: “Deixa estar que eu pago a tua!”
Ou, ainda pior: “A próxima rodada pago eu!”
sexta-feira, 12 de maio de 2006
Provérbio Provado :: Provérbio Familiar
Tenho vontade de te explicar isto, Catarina, mas sei que não vais perceber. Vais aprender muitas mais palavras, sabes, uma nova todos os dias, e chegarás a perceber que existe mais do que uma palavra para a mesma coisa. E depois irás para a escola e saberás que as letras que estão nos livros têm significados, e aprenderás a juntá-las formando frases que poderás ler e desenhar. E perceberás que as palavras não são todas iguais porque são classificadas em grupos, mediante definem uma acção, uma coisa ou uma característica. Tanto trabalho, Catarina, para um dia teres um discurso completo e elaborado, recheado de sinónimos, definições e estados de alma. Para constatares, algures na idade adulta, que muitas vezes mais vale estares calada. Todo o esforço te fará um caminho inverso no regresso ao silêncio, quando compreenderes que o vento leva mesmo as palavras como se diz, que muitas não encontram eco a não ser dentro da tua cabeça, que os ouvidos dos outros estão sem paciência. E terás saudades deste tempo onde agora te vejo, Catarina, na perfeita dimensão da palavra saudade, que é a de se querer reaver algo de que nem temos lembrança. Goza este momento de simplicidade, era o que te diria se conseguisses perceber. A Mi vai ensinar-te mais palavras...
- O silêncio é de ouro, a palavra é de prata
by Gui
quarta-feira, 10 de maio de 2006
Exclusivo Ventoinha: Miró pintou obra relativa ao crescimento económico português
Eis a obra:

terça-feira, 9 de maio de 2006
Notícia Ventoinha: Última Hora
Assim, por este andar, não é necessário andar a fazer contas! É Simplex.
P.S. – As outras possibilidades para levar a cabo esta campanha eram: Tony Carreira, Toy, Camilo de Oliveira, Telmo Correia e Sá Pinto.
domingo, 7 de maio de 2006
Post que demonstra que ao cabo e ao resto o autor até tem razão quando diz que o mundo anda às avessas
No registo de normalidade que até aqui se vem mantendo nada há que salte à vista. Mas, e para que o autor não passe por embirrento que por qualquer picuinha levanta logo um pé-de-vento, eis que chega o que a mim muito me surpreende e me dá razão quando digo que o mundo anda às avessas. O namorado d@ filh@ do Nené tem filmes favoritos. Toda a gente tem filmes favoritos, é óbvio, mas, no caso deste rapazola, os filmes favoritos são todos sobre como funciona a cabeça das mulheres, a revista Vidas até dá três títulos: “Alfie e as mulheres”, “Hitch”e “O que as mulheres querem”. Muito bem.
Eis o que me faz confusão: se ele é um gajo cujos filmes favoritos são sobre como funciona a cabeça das mulheres e o engate, como é que foi acabar com uma rapariga que já foi rapaz?
sexta-feira, 5 de maio de 2006
Provérbios Provados :: Provérbio com nome de canção
Guardo no cantinho das memórias felizes estes Verões, na época em que fazíamos piqueniques e eu era tão pequeno que nem me lembro onde ficava o pinhal. O meu irmão João era ainda mais pequeno e ainda não tinham nascido os primos, as criaturas distantes com quem não brincámos em crianças nem em adultos. Outro dia perguntei ao João se se lembrava do pinhal mas ele não, e no entanto recordo-me de jogarmos às escondidas, do pai pegar na bola e desenhar balizas com pedras quando se fartava de ouvir a mãe dizer que o tomate fazia bem à próstata. Não te lembras, João, ficávamos horas a jogar à bola com o pai, às vezes a tia Joana, se cansada das conversas das doenças e dos filhos por parir, e o tio Alfredo a fazer de árbitro, afundado na rede que atava às árvores quando se esvaziava a geleira. Alguma vez agarraste nos teus filhos, João, e no automóvel caro, e carregaste cestas de piquenique num pinhal?
- Recordar é viver
by Gui
domingo, 30 de abril de 2006
Ventoinha SMS
Envie um SMS para 6009 e aprenda a revolucionar-se à medida das suas necessidades com os pacotes *:
Ghandi: para manifestações pacifistas que acabem em vigília, nós temos a solução!
Fidel: para revoluções armadas onde acabe por ser o rei da cocada preta, nós sabemos como!
Beatles: para revoluções musicais que resultem em cortes de cabelo ridículos, pergunte-nos!
Estes e mais géneros de revoluções estão à sua espera: envie um SMS para 6009, seguido do nome do pacote que desejar e seja um revolucionário à sua medida!
Ventoinha, uma Revolução de 3ª Geração!
*Por cada SMS recebe um manifesto, um MMS como os melhores momentos de cada género de revolução e ainda, para ser um revolucionário a sério, o toque polifónico da Internacional em russo. Cada SMS tem um custo de 0,60€ + Iva. No caso de ser estudante, este valor é descontado no valor das propinas.
Post do trinta e um
Pois que o Russo, seu marido, empertigado taxista, tinha emprenhado pelo ouvido que havia no bairro artista. Oh, se só artista fosse!
Ó Chica!, queres lá tu ver, acabaste com o teu casório e nasceu outro sem querer…
sexta-feira, 28 de abril de 2006
Post sobre uma frase que irrita profundamente o autor por acabar abruptamente com várias conversas
- Sim, tudo bem. E tu, pá, que tens feito que ninguém te vê?
- Oh, tou a bulir, agora. Aquilo até não é mau, o patrão é simpático, os meus colegas é que são lixados, pá! Entro às 8.00, saio às 5.00, mas faz-se bem.
- Sim, mas tás a bulir em quê?
- Pá, tou numa empresa de distribuição de sacos de plástico. Foi a minha mulher que me arranjou, através de um amigo. Mas não sei pá, eu tenho algumas regalias, mas também tenho de trabalhar que nem um cão!
- Pá, ISSO É COMO TUDO!
Provérbios Provados :: Provérbio com nome de imperador
- A César o que é de César
P.S. – Post livre de preconceitos de tradição, e quiçá anunciando o fim do post scriptum do provérbio, provado que não é lido pois ninguém participou no passatempo da passada semana.
by Gui
quinta-feira, 27 de abril de 2006
A moda pegou...
Quer enriquecer numa semana? Pergunte-me como
Nota: As meninas também podem fazer o mesmo aos velhos jarretas. Mas cuidado que eles são bem mais agressivos a carregar no botão da aposta máxima.
quarta-feira, 26 de abril de 2006
A entrevista EXCLUSIVA. Não sei se já referi mas foi EXCLUSIVA. Ou seja, a TVI teve uma entrevista EXCLUSIVA com o Bibi. EXCLUSIVA!
Nota: É favor colocar a palavra alegadamente antes de qualquer vocábulo aqui escrito em cima. Como não queria fazer a figura dos jornais de "referência" nacionais e colocar 300 mil vezes a palavra alegadamente, optei por fazer esta nota de rodapé.
segunda-feira, 24 de abril de 2006
Ventoinha Financial Times
Com a abertura em Abril de 74, e com as variações registadas no subsequente Novembro de 75, registam-se, ao fim destes 32 anos, as seguintes cotações:
A Paz: começou com as acções ao preço da chuva, mas tem vindo a registar uma subida enorme, registando no fecho uma subida no preço de 300,05%. Neste sentido, e no próximo ano, poderão registar-se vendas de Paz. O mercado poderá ficar inundado, mas ninguém quer correr esse risco!
O Pão: foi prometido de graça, foi cantado ao preço da chuva, mas no fecho regista uma subida de 1000%. É mais difícil comprar Pão do que uma casita. O que nos leva a acreditar que se revelará uma mais valia para quem o tiver na mão.
A Educação: facho de luz da Democracia, começou também com as acções muito baixas, mas encontra-se agora nas ruas da amargura. A oferta é pouca, o que leva a um aumento dos preços, na ordem dos 3000000%, sendo que a procura diminui, pois nem todos podem. E, quem não pode, arreia!
A Saúde: com a Educação, é a que regista uma das maiores subidas. Começando por ser demasiado pública, cedo se privaram os doentes de serem curados. Regista, no fecho, uma subida de 350000000%. A Saúde aumenta assim o seu valor e fica à mercê de uma ou outra patente, para aumentar ainda mais. Quem tem a Saúde já tem muito!
A Habitação: é a que se tem mantido igual a si mesma. O betão continua a crescer do solo à guisa de árvore. Desde Abril, o poder autárquico tem contribuído imenso, com a injecção de Fundos de Favor e outras ajudas, cedidos gentilmente por autarcas: parentes dos parentes dos parentes. A Habitação é um negócio tão bom que regista pouca flutuação. No fecho, mostra-se um negócio familiar que subiu na ordem dos 999%.
Foi o Ventoinha Financial Times. Boa noite.
sexta-feira, 21 de abril de 2006
Provérbios Provados :: Provérbio Dividido - Provérbio que é um link
Esta semana os Provérbios Provados oferecem um instante lúdico; especialmente dedicado aos leitores que vêm acompanhando esta "crónica", que já vai na sua 19ª edição (!), e que para mim se tornou numa filha prestes a nascer a cada sexta-feira. A cada semana um provérbio diferente: umas vezes me dá para parir umas ficções com a mania das grandezas, outras só me dá para escrever umas quaisquer linhas amedrontadas, outras vezes é mais fácil ler os ditados noutros lábios. Pretende, se é que lhe merece a pretensão, ser sobretudo um espaço variado, livre, ecléctico (como está na moda dizer); provando que os provérbios são um mundo diversificado e "multi-interpretativo". Desconfio que muitos provérbios nem tinham existência... até serem só uma historia que alguém algures imaginou.
Siga então o jogo do alinhavo do provérbio, para todos a quem o Euromilhares não sorriu:
P.S. – Post livre de preconceitos egoístas, e quiçá propondo aos leitores a escolha do provérbio da semana próxima.
by Gui
quinta-feira, 20 de abril de 2006
Post que demonstra que o autor andou a espreitar outros blogs para ter ideias para compor o textinho que a seguir se lê e que fala do medo
Eu, por exemplo, tenho um cuzinho proporcional, maneirinho, um cuzinho, portanto. Nem é grande, nem é pequeno, é um cuzinho de tamanho médio, que muito me apraz. No que toca a fazer o que ninguém faz por mim, não me tem falhado (aqui foi a morte do artista, era escusado falar nisto, matei a estética do meu cuzinho!)
Ora, eu, como o meu cuzinho é de tamanho médio, tenho um medo médio também. Mas, e eis o busílis desta questão, eu às vezes tenho mais medo do que tenho cu, e, parece-me a mim, o cu devia crescer quando o medo é maior que o tamanho do cu que se tem. Afinal, acho eu, o medo não pode ser uma coisa sem controlo, tem de ser, e agora aplica-se a terminologia correcta, cu medido, caso contrário controla-nos. Mas, e eis mais uma questão pertinente, eu tenho algum medo – bem, medo não é, é mais receio – de incomodar as pessoas. Se o medo fizesse aumentar o tamanho do cu e, às tantas, um gajo ia sentar-se no autocarro e tinha receio de incomodar as pessoas, o cu crescia desalmadamente! E aí, tanto era o receio a crescer como o cu. Depois, acaba por não se aplicar o provérbio, pois quem tinha cu tinha medo, mas o medo aumentava e já não havia cu que aguentasse tanto medo. O que levaria a um cu enorme e a uma fobia, na melhor das hipóteses.
Depois deste raciocínio, quase brilhante, já estou mesmo a imaginar os homossexuais masculinos a assustarem-se uns aos outros! Upa, upa!
domingo, 16 de abril de 2006
Provérbios Provados :: Provérbio nocturno
- Noites alegres, manhãs tristes
P.S. – Post livre de preconceitos de inconsequência, e quiçá revelando que primeiro escrevi a história e depois não atinava com o provérbio para a provar.
quarta-feira, 12 de abril de 2006
Vitaminas & Companhia
Estereotipo do indivíduo que diz tudo o que lhe vem à cabeça, mas quando confrontado com a pergunta-chave se esquiva ou a força da palavra crítica
Indivíduo – Bom, o sr. bastonário tem tido um papel ziguezagueante à frente da Ordem. Não lhe conheço uma única medida positiva ou que tenha contribuido para a boa imagem dos advogados. Não sabe o que faz e prejudica toda uma classe.
Jornalista – O Bastonário tem condições para continuar?
Indivíduo – Se ele tivesse dignidade teria já apresentado a sua demissão há muito tempo, uma vez que só está na Ordem para se servir a ele próprio e não para servir os outros. É o pior Bastonário da história e mancha uma instituição que, até aqui, era credível. É um biénio para esquecer.
Jornalista – Isso é uma crítica ao Bastonário?
Indivíduo – Crítica? Não, não. Trata-se apenas de uma ideia minha, nada de pessoal contra o sr. Bastonário, que até é muito boa pessoa…
segunda-feira, 10 de abril de 2006
O que levou ao anúncio das purpurinas
Lili Caneças linha a Cinha Jardim – “Alô Ci, tá boa? Você já sabe que a Bibá pôs botox na orelha esquerda?
Cinha – Horrores de giro. Tou possidónia. Vou já ligar à Elsa.
Cinha liga a Elsa Raposo – Olá loira, sabe que a Bibá pôs botox na orelha a esquerda?
Elsa – Que máximo, a esquerda é de que lado?
Cinha – Ouça, não é a direita, é a outra, tá?
Elsa – Tá tá, vou já contar à Betty!
Elsa liga à Lady Betty – ´Tsou, Betty?
Betty - …
Elsa – Betty, está-me a ouvir, rica?
Betty - …
José Castelo Branco – Está lá, quem fala?
Elsa – Olá bicha, é a Elsa, está tudo bem com o a Lady?
Castelo Branco – Está, mas o último implante ainda não cicatrizou bem e ela não consegue falar. O qué que quer sua tonta?
Elsa – Você sabe que a Bibá pôs botox na orelha…
Castelo Branco – Mas qual orelha?
Elsa – Ai esqueci-me, pá. Vou ligar à Cinha.
Elsa liga a Cinha – Tá tá, qual foi a orelha do botox?
Cinha – Foi a esquerda sua burrrrrrrrrrrrrrra!
Elsa – Opá, possas pá. Vou contar ao Zé.
Elsa liga a Castelo Branco – Zé, foi na orelha esquerda.
Castelo Branco – Ai essa pindérica. Então foi ela que me passou à frente. E eu aqui com o lábio horroroso. Vou já ligar-lhe.
Castelo Branco liga a Bibá Pitta – Ouça lá sua pindérica, quem é que lhe mandou passar-me à frente na lista de espera para colocar botox, ainda por cima na orelha esquerda… Bichaaaaaaa
Bibá – Ó sua anta, foi na orelha direita, que a esquerda tá linda!
Castelo Branco – Jure? Então vou já ligar à Lili…
sexta-feira, 7 de abril de 2006
Provérbios Provados :: Provérbio Canino II
- Mas tu julgas que chegas ao pé da gaja e dizes tipo "és muita linda" ou "és boa que se farta"? Não, pá! Aí é que estás redondamente enganado... Tens de saber dizer palavras bonitas, são música para os ouvidos das gajas, pá! Aproximas-te e dizes, por exemplo, " estou impressionado com tanta beleza", coisas assim, frases destas, percebes? E depois, sacas logo do lume de cada vez que ela puxa dum cigarro e pagas-lhe um ou dois copos... e estás garantido!
No grupo de amigos, pouca ou nenhuma importância se dava a estas conversas, já que o tema privilegiado era normalmente o derby da jornada. Mas alguns amigos desconfiavam que todas aquelas histórias eram peta... e um deles, que conhecia palavras bonitas, achava até que o Zé Maria era um mitómano. Nunca se lhe conheciam namoradas, nem sequer vestígios delas. Uma noite caiu-lhe de pára-quedas uma amiga da Sónia a quem patrocinou uma bebedeira mas, fora esse flagrante, tudo o resto parecia semeado numa fértil imaginação. E chegou-se mesmo a comentar, à boca pequena, que a Sónia tinha dito à Mariana que a amiga tinha dito que aquilo com o Zé Maria não tinha desenvolvido porque ele o tinha pequeno e fininho.
* Cão que ladra não morde.
P.S. – Post livre de preconceitos masturbatórios, e quiçá confidenciando que o Zé Maria frequentava salões de jogos porque gostava de jogar bilhar de bolso.
by Gui
quarta-feira, 5 de abril de 2006
José Sócrates: “O Simplex 2006 vai reduzir a Bíblia para apenas alguns livros e vai introduzir algumas alterações…»
Pedimos desculpas aos leitores por não conseguir revelar o resto da apresentação… é que, Marques Mendes, quando se apercebeu que o gravador digital era mais pequeno que ele, nunca mais nos largou.
Exclusivo - Fátima Felgueiras no Colombo
terça-feira, 4 de abril de 2006
Quando é que se percebe que o jornalismo já não é o que era...
domingo, 2 de abril de 2006
Sugestão: Escapadinha Ventoinha
Escapadinha Ventoinha inclui:
Passeio no 28
Passeio pela Praça do Comércio
Visita ao magnífico açude
Passeio de cacilheiro (opcional)
Tudo isto por apenas 100€ (não inclui despesas dos transportes)
Ventoinha Simplex 2006 II
Então o Shôr Sócrates, engenheiro das engenharias, aprova um programa que na sua maioria pretende fazer uso das chamadas tecnologias de informação, com uma catrefada de formulários on-line; e sabe ele, talvez, que somos o país que tem o serviço de Internet mais caro e, para além disso, temos infra-estruturas algo precárias a nível da rede de cabo/adsl? Desburocratize, sim senhor!, mas com respeito…
Já houve quem dissesse algo deste género: “Estes romanos estão loucos!”
Dassss, este até parece um post sério!
Ventoinha Simplex 2006
M137 – Disponibilizar, no sítio Internet do Ministério das Finanças,
formulário electrónico para os pedidos de vigilância de
importação de calçado da China e produtos siderúrgicos.
Não tem nada de extraordinário…
sexta-feira, 31 de março de 2006
Provérbio Provado :: Provérbio canino
- É seu, o cão? Este cão é um perigo! Devia ser era abatido! Não sabem educá-los é o que é! – ofegava, furioso – Ora deixe cá ver os documentos e o seguro do cão.
- Estão no carro...
Tintin mijava copiosamente uma roda do carro com os nervos. Pedro espreitou o relógio enquanto procurava os papéis, a reunião devia estar quase a começar. O polícia mirou-os com agressividade:
- Pedro Antunes, é senhor? Ora deixe cá ver a sua identificação. Mas o cão não está registado na mesma morada. Porquê, hein? O cão tem as vacinas em dia? Eh lá, há aqui uma que já passou da validade!
Já devia ter ido no mês passado ao veterinário, lembrou-se Pedro enquanto via o polícia a espumar cada vez mais colérico. A situação suava a problema por todos os poros e o Tintin resolve dar-lhe um desfecho, presenteando o sapato do polícia com as suas fezes sem a vacina da raiva em dia
- Mas qu’esta merda ? Isto é demais ! Acompanhe-me já à esquadra !
Pedro Antunes foi presente a juiz na terça-feira de manhã, acusado do seu cão não cumprir as normas de higiene e segurança e por desrespeito à autoridade. Apanhou pena suspensa com cinco meses de serviço comunitário e pagou uma multa de 640 euros. Quando finalmente chegou a casa, os olhos cansados de ver o sol nascer quadrado, olhou para Tintin com as lágrimas nos olhos. Este cão sempre tinha sido um caso singular de desobediência, e ainda mais desde que a Alice, a ex-namorada que o tinha trazido, os abandonara por um baterista de doom metal que tinha dois gatos pretos. Era impossível continuar a mantê-lo, depois da pior noite da sua vida e agora sem dinheiro. Havia uma possibilidade de juntar o útil ao agradável, pensou Pedro, entregar Tintin num canil e aí mesmo propôr-se a prestar o serviço comunitário. Meu dito meu feito, lá foram eles ao canil da paróquia onde foram recebidos por uma simpática senhora de carrapito. Pedro relatou-lhe toda a história que já conhecemos e ela entreteve-os lentamente pelas instalações, depois de um telefonema em surdina. Tudo parecia correr de feição, quando irrompeu pela recepção o polícia de ontem, ainda apresentando sintomas de raiva:
- Fui aqui chamado por abandono flagrante de cão por dono!... Olhó Sr.Antunes ! Ora cá nos encontramos outra vez...
* Preso por ter cão, preso por não ter
P.S. – Post livre de preconceitos métricos, e quiçá perdoando-me os ouvintes por o verbo ser demasiado extenso.
by Gui
quinta-feira, 30 de março de 2006
Post que dá umas luzes sobre o próximo blockbuster do cinema português: “Bela, a Adormecida”
Belinha, a Adormecida, moça castiça que trabalha no refeitório de uma escola na Ajuda, apanha o 60, e aí conhece João Ricardo, mais conhecido na zona de Alcântara pela alcunha de Trigo Limpo, pois são sobejamente conhecidos os homicídios que cometeu por causa de jogos na máquina de flippers. João é um rapaz esclarecido, gosta da sua mini; Belinha sonhava ser atleta nos Jogos sem Fronteiras, quis a sorte, nas suas tropelias, que apanhasse uma doença do sono, deitando assim por terra as suas aspirações. No obliterar do bilhete e no barulhinho irritante dos leitores do Lisboa Viva, esconde-se o Amor. João é meio vesgo, uma navalhada que levou nos santos quase lhe cegou a vista, e a marca ainda lá está; o olhar de Bela é tão ou mais pungente que o fio da navalha, aquela graduação dos óculos dá-lhe arzinho de toupeira, e o buço também faz das suas. João sorri, ao obliterar. Belinha tem passe.
Passada a cena quente, em que a chispa do Amor não foi mais que um curto-circuito no leitor dos cartões, os dois ocupam os seus lugares; João fica em pé, atrás dos lugares individuais, entre um sovaco e o olhar de uma velha de naftalina; Belinha, que não é deficiente mas anda com um atestado médico dobrado e desbotado dentro da mala, para provar a tal história da doença do sono, aproveita-se dos lugares vermelhos, reprovada, claro está, pelos olhares inquisidores e pelas raivinhas quotidianas sussurradas; ele há idosos com saúde. João entoa o tema de “Streets of Fire” num assobio assaz melodioso, um brilharete conseguido devido a uma falha que tem nos dentes, mais uma mão que lhe havia caído em cima num dia de festa. No êxtase do refrão, João assobia mais alto, olhando “à matador” para Belinha; o clímax de tão bela performance deu-se já ia o 60 no Calvário e a Belinha já tinha adormecido, com o saco dos tupperwares entre as pernas…
Quem viu a ante estreia garante que a frase: “Se ela dormir outra vez, como-lhe a prima e mato o irmão mais novo” é o momento mais alto do filme.
O Ventoinha entrou hoje em conversações para ver se há possibilidade de transcrever a história na íntegra.
quarta-feira, 29 de março de 2006
Oi???
Meme (ou lá o que é)
1 – Tenho a mania de só comprar (todos os) livros da Cavalo de Ferro.
2 - Tenho a mania de comer pizza de fora para dentro e quando são individuais comer em espiral desde a parte de fora até ao centro. No fundo, tenho a mania de deixar o melhor para o fim, em quase tudo.
3 – Tenho a mania que sou capaz de fazer 30 mil coisas ao mesmo tempo e que me posso meter em tudo o que aparece à frente. Será sempre assim, mas com o tempo tenho-me apercebido muito mais rápido o que tenho de deixar para trás. Mas não me desafiem, porque digo sempre que sim… até perceber que é impossível, mesmo causando algumas desilusões a algumas pessoas.
4- Tenho a mania de combinar a roupa com os tenis (não me perdoavam se não escrevesse esta).
5- Tenho a mania que um dia vou ter um emprego formidável (isso já tenho) e ganhar dinheiro suficiente para cometer algumas loucuras (viajar, comprar mais livros, viajar, dar prendas, viajar, experimentar metade do catálogo da Vida é Bela, viajar, fazer muitas festas e jantaradas com os amigos e viajar).
«Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogs aviso do ‘recrutamento’. Ademais, cada participante deve reproduzir este ‘regulamento’ no seu blog.»
Agora tenho de indicar cinco pessoas de outros blogs, mas tenho a certeza que a maioria já respondeu ao Meme. Vou tentar escolher quem ainda não tenha sido desafiado. Se já tiverem sido, temos pena! Venham mais cinco:
1. Margarida aqui do Ventoinha
2. Joana do Olhares que Sonham
3. Oliveira e Gui do Coisas que Tal
4. Patita do Sexo e o Bairro
5. Koto dos Polacos
Ventoinha Solidária
Pedimos, com todo o coração e mais louvadas entranhas que tenham, que contribuam para a perpetuação de um conto infantil até à eternidade, que, segundo se diz, não conhece principio:
- Comunicado do Agrupamento Musical Ventoinha da Charanga das Cinco Velocidades (ou mais…):
Solicita-se aos leitores, visto que o flagelo do H5N1 nos afecta a todos, que contribuam para “A Causa do Patinho Feio”. O Vírus do Patinho Feio provoca uma imensa gripe nos neurónios responsáveis pela #%&= da imaginação, de modo que, através desta nobre causa, venho solicitar a todos vós que se unam, numa só conta bancária, e que, como foi dito pelo autor, “contribuam para a perpetuação de um conto infantil”. O Patinho Feio está a morrer, para mal de todos nós, encontra-se às portas da morte e, não indo desta para melhor, vai de ténis (com certeza, o São Pedro, tão bom segurança que é, não o vai deixar entrar…); por esta e por mais mil razões, que só o flagelo do H5N1 conhece, solicito-vos, de coração aberto, que, com um pequeno contributo, ajudem a salvar o Patinho Feio.
P.S.1 – A mãe do Patinho Feio, que tão mal o tratou, e até chegou a discriminá-lo, agradece. O Ventoinha sabe que ela tem uma ninhada para sustentar… Ajudem, por favor.
terça-feira, 28 de março de 2006
Quando é que se percebe que o grupo musical contratado para animar um casamento está completamente perdido?
- Quando passam a noite toda a tocar música brasileira e, de repente, metem lá o Quim Barreiros no meio
- Quando repetem uma música que perceberam que a malta gostou
- Quando salta um brasileiro com um apito a fazer coreografias 200% mais ritmadas que a música
segunda-feira, 27 de março de 2006
Notícia Ventoinha: Última Hora
Na verdade, porque o acima escrito é a gente na galhofa, Francisco George confessou ao Ventoinha que, por causa do H5N1, o Galo de Barcelos pode vir a desbotar, perdendo todos aqueles tons e aquelas pintas, ficando negro; "Sem toda aquela cor deixará de ter aquela graça de ser tão português, correndo também o risco de ser adoptado pela Unita", afirmou. Aqui, no Ventoinha, teme-se o pior!
sexta-feira, 24 de março de 2006
Provérbios Provados :: Provérbio Provado num poema atrevido
e num instante com beijos entretê-la.
Primeiro é provocá-la e encendê-la,
depois lutar com ela e derrubá-la.
Primeiro é insistir e arregaçá-la,
as pernas pondo entre as pernas dela.
Primeiro é acabar isto com ela,
depois vem o deleite de gozá-la.
Não fazer, como soem os casados,
mais que chegar e achá-la preparada:
de tão doce dá fome verdadeira.
Hão-de ser os deleites desejados;
se não, não dão prazer nem valem nada,
pois não há quem o barato comprar queira.»
Anónimo ( Séc. XVI )
Jardim de Poesias Eróticas do Siglo de Oro
P.S. – Post
livre de preconceitos moralistas, e quiçá assinando-se anónimo para não ser lançado à fogueira junto com o verso.
by Gui
quinta-feira, 23 de março de 2006
Piadão Ventoinha que apesar de não ter piada foi chamado de Piadão por falta de criatividade do autor e acaba com uma pergunta
2 Piadões Ventoinha que mostram alguma falta de auto estima do autor mas de certa forma fazem publicidade enganosa através da ironia
Eu sou tão girinho, mas tão bonitinho que, nas fotografias de família, fico sempre por detrás da máquina
2.
Eu sou tão bonitinho que a única pessoa que me disse que eu era lindo de morrer ainda está bem viva. Essa pessoa é a minha avó e disse-me isso num dia em que lhe fiz um recado.
terça-feira, 21 de março de 2006
Post que sem meter piadinha emprega uma outra expressão idiomática em duas situações distintas sendo uma delas sugerida por um comentário
Questionar o cirurgião francês sobre a possibilidade de a operação correr mal. O cirurgião responder: “Eu nunca erro, mas, no máximo dos máximos, o menino pode ficar com uma mão à frente e outra atrás.”;
Situação 2:
segunda-feira, 20 de março de 2006
Post que sem fazer pouco faz menção a uma expressão idiomática e no mesmo parágrafo mostra que há uma cura para o que a expressão enuncia
Este procedimento cirúrgico vai começar a ser aplicado em casos reais e “qualquer dia vai ser possível ter seios nas costas sem se ser considerada marreca”, revelou-nos entre sorrisos o cirurgião que é francês em part-time.
sábado, 18 de março de 2006
Provérbio Provado :: Provérbio Francês
* Couer qui soupire n'a pas ce qu'il désire
P.S. – Post livre de preconceitos linguísticos, e quiçá apresentando a tradução para a língua mãe: Coração que suspira não tem o que deseja.
by Gui
quinta-feira, 16 de março de 2006
Post Colonial
No alinhamento inicial teremos, para regozijo deste país de conquistadores, D. Afonso Henriques, na baliza; D. Sebastião, a lateral esquerdo; D. Nuno Álvares Pereira e D. Dinis, a fazer dupla de centrais; Jacinto Marto, revelação deste Anno Domini, a lateral esquerdo; a médio ala esquerdo, D. Sancho I; no centro, entalado entre a defesa e o ataque, Martim Moniz, que faz dupla com Brites de Almeida, padeira de Aljubarrota; no lado direito do meio campo vamos ter D. João V, muito bom nos cruzamentos e nas bolas paradas; mas, o poder desta equipa reside no ataque, onde teremos, numa dupla formidável, D. João I e Marquês de Pombal, que marcou dois golos aos Távoras na semana passada. No banco ficarão, para desgosto de alguns: Vasco da Gama, irmã Lúcia, o Padre António Vieira, o Cardeal Cerejeira, Camões e o guarda-redes Pedro Álvares Cabral.
Viva a nossa Nação! Na Luz como em Aljubarrota!
Em Junho próximo, “Anita” é novela da TVI
terça-feira, 14 de março de 2006
“Meme” (como quem diz, com sotaque algarvio, “é meme iss!”)
Dou a conhecer então as minhas cinco manias, da menos importante para a mais importante:
5- Tenho a mania de estar apaixonado por tudo e por todos (ah maluco!)
4- Tenho a mania de dizer que é mau ter a mania
3- Tenho a mania das bolachas Maria com iogurte (huum, nham!!)
2- Tenho a mania das bombocas, uma é sempre pouco, e muitas nunca são demais
1- Tenho a mania de querer mudar o mundo (de que os cágados voam, portanto)
5 Blogs:
Zastraspasnotwar: do Agostinho
2+2=5: do Carapinha
Editoracantoescuro: do Vítor
Borrasdecafé: da Joana
Coresdoglobo: da associação Cores do Globo
Post que tenta provar que um acidente de viação pode reacender o ódio que a esquerda tem ao capital sem deixar de sugerir traição
segunda-feira, 13 de março de 2006
Ventoinha da Conspiração
sexta-feira, 10 de março de 2006
Provérbio Provado :: Provérbio Circense
* Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és
P.S. – Post livre de preconceitos políticos, e quiçá subornando o porteiro para me deixar sentar no círculo esquerdo da assembleia a assistir ao espectáculo.
by Gui
terça-feira, 7 de março de 2006
Ventoinha Financial Times: OPA pode levar a fecho da Feira de Santo António da Charneca
sexta-feira, 3 de março de 2006
Crónica :: Provérbio Provado :: Provérbio Provado no post scriptum
P.S. – Post livre de preconceitos diuréticos, e quiçá lembrando que:
- Quando mija um português, mijam logo dois ou três.
by Gui
quarta-feira, 1 de março de 2006
Provérbio-pergunta sobre o negócio entre a Sonae e a PT
Gui, perdoa-me a intromisão na tua especialidade, mas foi mais forte que eu.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006
Crónica :: Provérbios Provados :: Provérbio suburbano
- Então, ‘tá a render ou nem por isso? Huum...’tava tudo com pressa pr’apanhar o comboio, já vi!. Deixa lá isso pá, e nem penses em ir pós lados da casa do Jardas, a fonte ‘tá seca e aquilo ‘tá cheio de mona. Anda lá comigo, eu consegui orientar-me... mas olha que não é grande espingarda, já te aviso...
- Epá obrigado, que não mora guito no bolso, e mesmo não sendo do bom, sempre ouvi dizer que
* A cavalo dado não se olha o dente.
P.S. – Post livre de preconceitos odontológicos, e quiçá tomando um analgésico porque fui hoje desvitalizar um dente.
by Gui
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006
Crónica :: Provérbio Provado :: (In)provérbio
- Nem todos os dias são dias de feira
P.S. – Post completamente livre de preconceitos.
by Gui
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006
Caricatura de Luís Filipe Vieira provoca aumento da violência doméstica
Uma piada da Manuela por dia dá saúde e alegria
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006
Crónica :: Provérbios Provados :: Provérbio Pessoano
É humano querer o que nos é preciso, e é humano desejar o que não nos é preciso, mas é para nós desejável. O que é doença é desejar com igual intensidade o que é preciso e o que é desejável, e sofrer por não ser perfeito como se se sofresse por não ter pão. O mal romântico é este: é querer a lua como se houvesse maneira de a obter.
"Não se pode comer um bolo sem o perder."
(...)»
in O Livro do Desassossego
P.S. – Post livre de preconceitos heteronímicos, e quiçá convocando os outros todos que também habitavam nos planetas do Fernando Pessoa.
by Gui
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006
Pub - A influência de uma boa bilha
- Quem é?
- É o Círculo de Leitores…