quarta-feira, 31 de agosto de 2005

Mais Ventoinha - Sóooooooooooooó?

Não percam a promoção da semana no Feira Nova do Barreiro. Dawnuts a 0,39 € cada? É caso para dizer... Sóooooooó?




Mais uma vez a Ventoinha agradece à dupla Carmita e Salpicão.

terça-feira, 30 de agosto de 2005

Mais Ventoinha - Publicidade agressiva

Ora e do Brasil chegam dois exemplos de publicidade bastante original. Esta que se segue dava também um jeitão cá em Portugal

Esta aqui era ver os homens todos a andar de pé no autocarro quando só estivesse livre este lugar. Oh oh. Vai lá mas é meter os dedos noutro lado! ehehehe


Estas imagens chegaram à Ventoinha via Cláudia Colaço, a quem agradecemos, excepto a parte do exame da próstata!

O homem do palácio

Um destes dias Mário apareceu com um ar muito acabado no Largo do Rato, próximo da sede do PS. Num estado bastante frágil e sem dizer a mínima palavra, começaram a juntar-se algumas pessoas à sua volta. Vinha com a gravata torta e com uma camisa que não se usa há uns dois mandatos. De fato escuro todo encharcado, depois de ter andado às voltas por Lisboa à procura da sede do PS, Mário estava mudo. Quem passava tentava arrancar-lhe uma só palavra e nada. Chegou o INEM que o levou para o Hospital de São José – o que cobre aquela área. Os médicos não sabiam o que fazer, porque de saúde estava aparentemente bem. Até que alguém se lembra de dar um bloco e uma caneta para a mão de Mário. O espanto assola toda a enfermaria 81 quando das mãos já enrugadas sai o Palácio de Belém. Contactados os mais conceituados especialistas, chegou-se à conclusão que Mário era um reconhecido candidato à presidência da República. Assim foi.

segunda-feira, 29 de agosto de 2005

Mais Ventoinha - A pornografia dos carrosseis para crianças


Reparem bem no que a foca está a fazer à senhora. Isto quando em cima deles (salvo seja) andam crianças inocentes dentro de chavenazinhas, e animaizinhos, todas contentinhas da vida. O insólito carrossel foi apanhado pela dupla Carmita e Salpicão nas Festas do Barreiro.

Estreia do Mais Ventoinha

Se o blog do Pacheco Pereira pode, o Ventoinha também pode! A partir de hoje, os nossos leitores podem também carregar nos botões da nossa Ventoinha e pô-la a andar a maior velocidade. No título estará sempre a designação "Mais Ventoinha" e a foto ou o texto serão sempre acompanhados do nome do autor. Temos então a estreia, por aquela que podia ser uma dupla de cantores pimba, mas não, até ver. É já a seguir... mas é que é mesmo!

Nem sempre do melhor cú resulta a melhor fruta

Ir a supermercados é sempre uma experiência de vida. Mas é na frutaria que se faz escola, muito para além dos limites da charcutaria ou mesmo do talho. Como é bonito ver uma série de pessoas a cheirar o cú do melão (não fui eu que inventei a expressão) para ver se está maduro. Outros apalpam até mais não e outros ainda só falta andarem munidos de lupa, porque quanto mais amarelo está junto ao cú mais maduro está o melão e é preciso ter cuidado porque senão pode estar já podre de mais. Na maioria dos casos são homens que fazem estas figuras e eu pergunto se, de facto, não é de homem fazer as escolhas consoante o cú. Parece-me que há aqui um padrão. Mas tal como acontece com os melões, dá-me ideia que nem sempre do melhor cú resulta a melhor fruta. É só uma ideia de quem compra melão algumas vezes.

domingo, 28 de agosto de 2005

As festas populares... ai as festas populares!

99,8% dos homens com mais de 50 anos não lava as mãos depois de mijar – Estudo Ventoinha

A teoria seguiu praticamente todos os passos de uma investigação científica ao mais alto nível. Depois de muito frequentar – por necessidade fisiológica - casas-de-banho de centros comerciais, estações de serviço e quase todo e qualquer mictório público, estou em condições de revelar uma conclusão preocupante. Os homens com mais de 50 anos estão cada vez mais porcos. Especialmente os que têm bigode, os que usam meias brancas, capachinho, ou que usam mais de dois botões da camisa desapertados e/ou unha do dedo mínimo com mais de centímetro e meio. Estas são as principais características encontradas nos sujeitos pré, durante e pós mudança da água às azeitonas.

Entram normalmente de assobio na ponta dos lábios, de mão no bolso ou simplesmente a andar com o peso do corpo balanceado para trás. Usam quase sempre o urinol e detestam as casas-de-banho individuais. Normalmente, aproveitam para mandar um bitaite ou ter uma conversa de 30 segundos com quem “orina” (como os próprios definem o acto) a seu lado. Aproveitam para mandar a sua cuspidela e raramente carregam no botão da descarga de água. Importa aplaudir os sistemas da maioria dos centros comerciais que já faz descargas automáticas.

Os que apresentam o comportamento desviante de entrar nos cubículos individuais das casas-de-banho públicas fazem-no não por pacatez, mas por quererem largam o seu gás ou fazer algo pior que, por razões higiénicas, foi excluído do estudo. A este subgrupo atribui-se a particularidade de apenas em 2,9% dos casos ser puxado o autoclismo. Mas apesar de existirem alguns subgrupos, todos acabam por se juntar no pós-urinadela e aqui aparece a principal conclusão deste estudo, acompanhado por investigadores da Universidade de Oxford.

99,8% destes homens não lavam as mãos depois de descarregar a bexiga. Este dado, além de nojento, é preocupante pela higiene mas também pelo facto de não terem qualquer vergonha de o fazer em frente a quem – armados em asseados – usa a água, o sabonete e o papel ou secador de mãos (consoante os casos). Após este olhar de soslaio a quem lava as mãos depois de mijar, este grande grupo volta a dividir-se em subgrupos.

Uma parte mete as mãos nos bolsos das calças por forma a secar qualquer vestígio mais húmido que tenha escapado; outros, habilidosos, aparentemente sem qualquer vestígio húmido nas mãos, aproveitam o momento antes de abrir a porta da casa-de-banho para descrever um anel com os dedos a volta dos lábios, para tirar aquela baba acumulada; outros há que fazem questão de agarrar bem no manípulo da porta para que fique bem entranhado o que devia ter saído com a água; e para terminar há os sonsos, que não accionam qualquer dos mecanismo de auto-lavagem anteriores, mas que ao sair da casa-de-banho aproveitam para dar aquele aperto de mão a um amigo ou abraçar a esposa. São apenas cinco a dez minutos de porquice que ficam escondidas atrás do motorista de praça, do talhante, do segurança ou até do vizinho do lado que tem cara de quem não parte um prato.

100% dos portugueses mijam no mar e gostam - Adenda

Uma ressalva para um outro ponto do estudo, que será oportunamente divulgado na íntegra, que diz respeito à mijinha de Verão. Em mais de cinco milhões de inquiridos na Rua Augusta por bonitas meninas da nossa equipa, a Ventoinha não encontrou uma única pessoa que nunca tivesse urinado na água da praia. É oficial, 100% dos portugueses mija no mar. E gostam. Entre as razões mais apontadas, numa das perguntas abertas do inquérito, estão: «É uma grande sensação de liberdade abrir as pernas e deixar que a urina saia, ao mesmo tempo que levamos com as ondas do mar nas partes»; ou «é um descanso nem ter de sujar as mãos».

sábado, 27 de agosto de 2005

Prémio Ventoinha Escaldão do Ano 2005

Depois de inusitados e originais escaldões no risco do couro cabeludo e do dedo mínimo (vulgo mindinho) do pé, eis que a Ventoinha encontrou o novo hit do escaldão. Em plena Praia da Falésia, algures num penhasco entre Albufeira e Vilamoura, um senhor, que aqui omitimos a sua identidade para que não seja alvo de chacota na sua rua, estava ardentemente indignado com o Sol. Ora, nem mais nem menos, o escaldão apanhou-lhe o lóbulo da orelha direita. E que vermelho estava! O mínimo que se pode acrescentar é um valente ponto de exclamação!

sexta-feira, 19 de agosto de 2005

Férias...



Um bacalhau para todos que vou de férias durante uma semanita. Prometo escrever durante as férias e trazer novidades já para a semana. Fica então o bacalhau, da (na) Noruega!

Zé João, campeão de sueca de Sassoeiros - parte VII

Zé João ganhou o campeonato de sueca de Sassoeiros. Finalmente voltou à sua vida comum e passa agora as tardes com os amigos, no café a jogar às cartas. Às 22 horas em ponto começou a cerimónia de entrega das medalhas. Zé João vestiu a sua melhor camisa, de quadrados azuis e verdes, e colocou-lhe por cima o pullover sem mangas cru. No fim das calças de bombazina azul estavam os sapatos pretos, mais brilhantes e polidos do que nunca. Com orgulho e alguma vergonha à mistura recebeu a medalha e a taça do primeiro lugar. Fartou-se de dançar com a sua esposa e bebeu dois copos de vinho. A noite correu como há muito não acontecia. No dia seguinte acordou bem disposto e radiante saiu para comprar o Correio da Manhã, o que também já não acontecia desde a sua saída aventureira pelo Eixo Norte/Sul. Leu as suas notícias policiais, as que mais gostava e, pouco depois do fim das sardinhas do almoço, a campainha toca. O carteiro traz várias cartas mas, entre as contas da EDP e da Portugal Telecom, está um envelope com o logotipo da TVI. Estupefação no rosto de Zé João, exactamente o nome do destinatário da carta. Lá dentro, uma folha branca com uma pequena mensagem impressa. No essencial, estava um agradecimento da admirada Manuela Moura Guedes. Um obrigado pela história que Zé João ofereceu de bandeja à TVI, com honras de abertura de Jornal Nacional. “Caro Zé João, muito obrigado pela história que nos enviou. Continuo à disposição. Cumprimentos, Manuela Moura Guedes”. Assim aconteceu no seu mundo. A carta, assindada pelo punho da Manela, essa, foi guardada dentro de um livro, juntamente com a primeira carta que a mulher – então namorada – lhe enviou e com o contrato de compra do seu Peugeot 206. Às oito em ponto, MMG abre o Jornal Nacional e o sorriso de Zé João rasga todo o seu rosto.

quinta-feira, 18 de agosto de 2005

Parados no tempo



Barreiro, 12 de Setembro de 2004

Zé João: A carta velha que ajudou Manela - parte VI

Dois dias depois, Zé João recebe a visita do cunhado, soldado na GNR de Celorico de Basto. Com muita vergonha à mistura, Zé João decidiu contar ao cunhado Arménio o que se tinha passado. Sempre com os olhos postos no horizonte e sem nunca olhar o guarda nos olhos. O desabafo era visto como a última oportunidade para uma libertação que tardava a chegar. Arménio ouviu as amarguras do cunhado, que já não via há quase seis anos. Decidiu vir a Sassoeiros em passagem para o Algarve, onde vai passar uma semana de férias com a mulher, irmã de Francisca. Depois de ouvir a história até ao fim, fechados no escritório para que a vergonha não seguisse para outros ouvidos, Arménio aconselhou o cunhado, despindo a sua “farda” de GNR. Um sorriso voltou ao rosto de Zé João quando a solução estava mais perto do que esperava. Bastava voltar a usar a sua antiga carta, de papel, de um cor-de-rosa em forma de lençol. Aí nenhuma contra-ordenação fica gravada e Zé João tinha a oportunidade de esquecer a existência daquela tramado cartão magnético. De acordo com o soldado Arménio, a informação não está ainda suficientemente cruzada com os serviços centrais e as contra-ordenações são apenas gravadas na banda magnética. Acontece que, se por acaso, o “documento” se perder, perdem-se também os atropelos à lei. E assim fez Zé João. Combinou com o cunhado guardar esse segredo. Partiram e queimaram a carta, com Zé João a assistir a tudo com o nó na garganta, afinal não estava a agir de forma correcta para com o Estado. Ao jantar, Zé João já nem parecia o mesmo e sorriu três vezes. Estava aliviado e o ambiente em casa estava bastante mais tranquilo. O cunhado Arménio, mais a mulher Francisca e a filha Mariana seguiram viagem para Armação de Pêra. Mas a história que no cunhado Arménio lhe contou ficou a maturar na cabeça, coberta de cabelos brancos. E lembrou-se, agora que estava safo, que podia ser útil, pela primeira vez, a Manuela Moura Guedes. Decidiu então escrever uma carta, com o seu próprio punho, a contar toda a história, mas, obviamente, ocultando o seu caso pessoal. No dia a seguir, logo pela manhã, foi aos Correios comprar um selo de Correio Azul e enviou a denúncia, directamente para Manuela Moura Guedes. Dois dias depois, um telefonema da TVI. Ficou trémulo. Era uma jornalista que estava a falar da parte da Manuela e que queria saber mais pormenores. Acabou por contar tudo o que sabia, sem nunca referir que passou a utilizar a sua carta cor-de-rosa, mesmo depois de ter pedido uma “carta do futuro”. Teve apenas que esperar mais três dias até que a bomba rebentasse e abrisse o Jornal Nacional, ainda com Manuela de férias. Em resposta à notícia, o ministro da Administração Interna assegurou que, dentro de um mês, as informações das bandas magnéticas passariam a ser descarregadas nos serviços centrais, para não haver fuga às contra-ordenações. Mais um vez aliviado, Zé João estava safo.

sábado, 13 de agosto de 2005

A menina com medo de morrer nos dias de chuva

A resposta chegou às 13 horas e 13 ninutos de uma sexta-feira. Iris conseguiu finalmente estabelecer um pacto com uma entidade superior que nem ela conhece, mas que chama de Ramyrdo. Iris acredita que tudo pode ser definido previamente, desde que se acredite nisso, e tratou de dar início a uma série de pactos que julga fundamentais para que a sua vida prossiga sem grandes sobressaltos. Por isso, tomou uma decisão, fruto da sua pouca habilidade em lidar com a morte. No alto do miradouro perto de sua casa, no Alentejo tórrido e profundo, estabeleceu com os olhos colocados nos céus que só podia morrer num dia de chuva.

A ideia era clara na sua cabeça. Na Amareleja, dos 365 dias do ano, em praticamente 300 não caía pinga de chuva. Se por um lado, Iris andava perfeitamente descansada e feliz, tinha uma preocupação diária que não descorava. Deitava sempre o olho ao final do Telejornal para ver as previsões da meteorologia. E quando havia a possibilidade de cairem uns meros aguaceiros, Iris já não dormia e vivia o dia amargurada, sem paciência e respondia mal a quem lhe dirigia a palavra. Nestes dias lembrava que o gato Botas tinha morrido num dia de chuva, o periquito Tomás tinha fugido num dia de chuva e que a avó Matilde tinha morrido num dia de chuva torrencial. E pedia a Ramyrdo que não fosse já amanhã, ela que era tão nova.

Mas o certo é que a sua relação com a chuva era cada vez mais de medo,e representava uma transfiguração da sua personalidade com o tempo que espreitava do lado de fora da janela. E se estes pactos eram fáceis de estabelecer, eram mais difíceis de romper. Como Ramyrdo não respondia, Iris ficava sempre com a sensação, mesmo depois de ter tentado romper o pacto, que o seu ser superior não a ouvia e que o acordo estava de pé. Por isso, mesmo quando achava que estava livre, dava consigo a olhar para a meteorlogia e a ficar indisposta de cada vez que a chuva ameaçava cair. Nos dias de chuva nem sequer saía de casa, para não chamar a desgraça. Apesar dos seus 18 anos, Iris pensava demasiado na vida e no futuro. E para se precaver, nos dias de chuva, não ia à escola. Ela que era a melhor aluna da turma, mas que aos olhos dos colegas, era uma menina frágil, porque estava sempre a faltar por causa da sua doença, que ninguém sabia bem o que era.

Era um segredo dela e os pais quase não se preocupavam, já que os dias de chuva na Amareleja são tão poucos, que nem torna o caso flagrante. Hoje o dia foi perfeitamente normal, com um sol radioso e uma tarde de diversão com a amiga Júlia. Já em casa, a mãe grita da sala e avisa que vai dar a meteorologia. Para a mãe de Iris este gosto pelo tempo ia fazer da filha uma daquelas meninas bonitas que apresenta o tempo, sempre bem vestidas e maquilhadas. Iris veio a correr do quarto e ouviu: “Amanhã vão ocorrer aguaceiros fortes no Baixo Alentejo, provocados por uma baixa pressão que está neste momento a passar pelo Sul do país”. O mundo voltou a ficar em suspenso e pode ser já amanhã...

sexta-feira, 12 de agosto de 2005

A imagem de Zé João pelas ruas da amargura - parte V

A multa estava paga, mas a imagem de Zé João rastejava pela lama. Ainda pora mais, na Direcção-Geral de Viação, onde foi pagar a multa, disseram-lhe que a contra-ordenação ficaria gravada na banda magnética da sua carta de condução. A maldita modernice daquela fita preta no verso da carta nova que foi tirar depois de ouvir a Manuela a dizer maravilhas do novo cartão no Jornal Nacional. Chegou mesmo a irritar-se e a dobrar o recibo da multa com toda a força, que quase quase se rasgou. Passada a irritação ficou a vergonha. Com que cara vai agora olhar para os polícias ou os guardas que o mandarem parar? Mesmo que eles não coloquem a sua carta de condução no leitor, Zé João sabe que está lá o seu excesso, do qual jamais se perdoará. Ele sabe que está lá, mesmo que mais ninguém o saiba. E isso é o suficiente para Zé João sentir que a sua honra está manchada. Por isso, há uma semana que não sai com o carro, estacionado à porta da sua vivenda. Nem sequer tem tido paciência para lavar o seu 206. Os amigos já estranham as ausências de Zé João no café, ao final da tarde. E, por estes dias, nem a televisão tem ligado, porque a Manuela está de férias, sem data certa de regresso. Até lá, Zé João vive com a sua honra numa depressão profunda, apesar de jamais admitir que precisa de ajuda. Dava tudo para poder apagar aquela contra-ordenação do maldito cartão magnético.

domingo, 7 de agosto de 2005

Campanha da água - um pedido de desculpa

Antes que comece o Jornal da Noite da SIC, queria aqui, perante os leitores do Ventoinha, pedir as mais sinceras desculpas à Conceição Lino, o rosto da poupança de água na SIC. Acontece que, há uns 15 minutos estava a encher a garrafa de água para colocar a refrescar no frigorífico e entornei três gotas de água, que ficaram irremediavelmente sem uso possível. Por isso, Conceição, recebe as minhas desculpas, com um profundo voto de arrependimento...