quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005

Relatório do proctologista…

Ao abrigo da lei, foi-me possível quebrar o sigilo quanto ao estado clínico do Dr. José Sócrates, recentemente indigitado pelo Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio. O paciente encontra-se em fase de recuperação, já foi analisado por mim, com luvas. A indigitação ocorreu de forma violenta e não durou mais de uma hora, como veio anunciado em todos os jornais. O recém indigitado, José Sócrates, apresenta lesões graves ao nível do esfíncter, que, apesar de ser um esfíncter socialista, habituado ao punho esquerdo, não está preparado par uma indigitação deste género. Ao nível do recto, o passivo apresenta várias patologias provocadas por microorganismos que estavam depositados, com toda a certeza, no dedo utilizado e, diga-se, desprotegido de Jorge Sampaio. A patologia rectal, que afecta neste momento o paciente, tem origem numa indigitação anterior, pelo que apurámos. Tudo indica que Jorge Sampaio não lava as mãos quando indigita, de modo que é possível, num futuro não muito distante, José Sócrates apresentar alguns comportamentos laranja. Sampaio indigita barbaramente e, sem margem para dúvidas, com muito pouco cuidado higiénico, de modo que esperamos uma recuperação lenta e dolorosa. Com este tipo de casos, isto é, indigitações feitas à guisa da violação, é-nos possível saber por que motivo a situação nacional não melhora. Aguardamos, com esperança redobrada, a recuperação de José Sócrates. Rezemos para que volte a ter o recto rosa!

Santana, Mendes e Menezes…

Santana é dos tais que… gosta pouco, gosta. Marques Mendes nem tem altura para andar na maioria das diversões da Feira Popular e Luís Filipe Menezes, esse, nem tem condições para mandar num partido, visto que, ter um cargo dessa envergadura, não é o mesmo que andar a brincar com fogo de artifício na Câmara Municipal de Gaia. Santana Lopes abandonou a presidência do partido porque esta derrota foi vergonhosa, no entanto revelou que Marques Mendes só está vivo, nos dias que correm, porque estava no bolso do seu “pai”, o – como lhe chama Santana – “Guru”, Francisco Sá Carneiro: “Marques Mendes é um porta-chaves laranja, estava no bolso do meu Mestre no dia do acidente/atentado”. Dirigindo-se a Filipe Menezes, Santana, lançou o seguinte aviso: “ Se, esse senhor, pensa que vem para aqui armado em bombinha chinesa, está muito, mas mesmo muito, enganadinho”. Os dois candidatos, obviamente descontentes, retorquiram as calúnias, afirmando em uníssono: “ É mais do que evidente que Santana está irritado, levou pontapés no berço, de maneira que a sua cabeça apresenta traumatismos visíveis, especialmente no que diz respeito ao tamanho. É triste ver um homem, de tão proeminente testa, perder umas eleições assim”.

P.S. – À excepção do episódio de Marques Mendes no bolso de Sá Carneiro, toda a notícia é mera ficção.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005

Eu, as Bombocas, e o amor…

Este texto é um texto não premeditado, mas provocado. Eu, que tenho de viver comigo umas quantas horas por dia; as bombocas, o motivo; o amor que nutro, inevitavelmente, pelas bombocas. Podia escrever um poema para celebrar as bombocas, podia correr nu – com as partes pudendas a abanar – pela linha do eléctrico nº 15 a bradar aos ventos o meu amor pelas bombocas. No entanto, fico-me pelo texto, não para que saibam que gosto de bombocas, mas talvez para anunciar a revolução que uma bomboca pode provocar na vida de um homem. O meu amor pelas bombocas é tão certo como o António Vitorino ser filho de uma matrioska. Como disse no início, este texto foi provocado. Acabei agora mesmo de devorar meia dúzia de bombocas, e não me arrependo. Quero que saibam disto: “Mais vale uma bomboca na mão, que telhados de vidro”. E se um dia, pode ser até de chuva, uma bomboca vos interpelar na rua, não digam que não. Toda a bomboca é uma boa bomboca. Não há bombocas más. “Hasta la bomboca, siempre!”, e como disse JFK, e muito bem: “Ask not what a bombock (tradução óbvia) can do for you: Ask what you can do for a bombock”.

Sócrates indigitado por Sampaio?!

Em primeiro lugar, gostaria de referir que, apesar de indigitado ser uma palavra como outra qualquer, tem muito que se lhe diga. Senão vejamos: “in” significa, nas terras de sua majestade, dentro. “Digitar”, por sua vez, significa pressionar, tocar, com o dedo. Aquele que digita é o digitador, o que faz do nosso Sampaio, activo, um mestre no que toca a tocar, ou seja, a digitar. Ora Sócrates, neste caso, é o passivo, porque digitado. Não é assim tão óbvio que indigitado signifique apontado. As minhas intenções são as melhores, uma vez que não fui eu quem disse, em primeiro lugar, que José Sócrates era homossexual. E, aliás, mesmo que seja, eu não tenho nada a ver com isso. Primeiro porque este post é sobre etimologia, um pequeno apontamento, muito light, e pretende apenas explicar o que se percebe por “in”-digitado e segundo porque o que Sampaio vai fazer a Sócrates – que em tudo se assemelha ao que se faz às galinhas para ver se têm ovo – é da inteira responsabilidade dos intervenientes. E mais, sem maldade nenhuma: Eles são rosa, que se entendam!

P.S. – Isto de ser Primeiro-ministro tem muito que se lhe diga, não admira que tantos queiram ir para o Governo. Afinal, a primeira coisa que acontece, quando sobem para o poleiro, é serem tocados por dentro.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2005

O melhor de... Manuel Monteiro

Quais Levanta-te e Ri, Manobras de Diversão, O Homem que Mordeu o Cão, quais carapuça!! Acabei de assistir a um dos momentos mais hilariantes em televisão, embora em versão comedy mais sit-down do que stand-up. O Manuel Monteiro, na Sic Notícias, comentando os resultados das legislativas, revelou que recebeu milhares de mails, cartas e telefonemas para ocupar o lugar deixado vago por Paulo Portas na liderança do CDS-PP. Como se os telespectadores já não estivessem agarrados à barriga de tanto rir, ainda fez questão de explicar que «não», não aceitava. Muito Bom!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2005

Trocadilho de direita

Marques Mendes abriu ontem a porta a Santana Lopes para que este se demitisse da liderança do PSD. Santana, mais tarde, fechou-a. Explicação: "Portuguesas e portugueses", um cavalheiro de tamanha estirpe não admite que lhe abram a porta. Pelo contrário, o "Lopes" é que abre as Portas, para que os outros saiam.

E agora, Aiveca?

Quero aqui prestar a minha solidariedade com Mariana Aiveca. Não sabem quem é? Eu também não, a não ser que foi ontem eleita deputada do Bloco de Esquerda por Setúbal. Entretanto descobri que faz parte da CGTP e de um sindicato dos trabalhadores da função pública. E quando digo que quero prestar a minha solidariedade porque Mariana Aiveca não dormiu toda esta noite, não por estar eufórica mas por não fazer a mínima ideia do que vai fazer para a Assembleia da República. Há quem diga que ontem, ao saber que tinha sido eleita, colocou as mãos na cabeça durante várias horas. Quando aceitou ser número dois por Setúbal estava longe de imaginar que ia ser eleita. E agora, Aiveca?

Job for the girl

Depois do mau resultado eleitoral do PSD, Margarida percebeu que não iria ter nenhum tacho literário assegurado para os 4 anos. Não pela fraca votação no PSD, mas é mesmo porque não quer. Resumindo, vai escrever no Ventoinha a partir de hoje. Apesar de argumentar que «não sabe se os textos se enquadram» (e há algum enquadramento neste blog???), vou fingir que tenho a primeira página de um jornal para dizer algumas verdades, usando um estilo de alguém que muitos dos que aqui vêm conhece (vocês sabem de quem estou a falar!!!). Margarida: Uma das revelações da escrita na geração com menos de 30 anos. São textos úncios e inéditos. Autênticos documentos para ler, aqui no Ventoinha. Textos para ler e guardar!

Serviço público (2)

Pegando no título da Ana (aqui mesmo em baixo), quero lamentar que o outro grande exemplo de serviço público não tenha como única ligação directa o Ventoinha. É claro que contribuímos com os serviços mínimos, e por isso sinto-me também com o meu 0,12% de alegria e orgulho. Sinto-me responsável pela perninha do "Y" da marca das botas (Jimmy Doyle) com que os portugueses deram um pontapé no submarino Paulo Portas. Isto sim é verdadeiro serviço público!

Serviço Público

Resultados eleitorais 2005
*2 freguesias por apurar

PS 45,05%
PPD/PSD 28,69%
PCP-PEV 7,57%
CDS-PP 7,26%
B.E. 6,38%
PCTP/MRPP 0,84%
PND 0,70%
PH 0,30%
PNR 0,16%
POUS 0,10%
PDA 0,03%

Ah pois é!

domingo, 20 de fevereiro de 2005

20h - Jornal da Noite - Rodrigo Guedes de Carvalho

O próximo primeiro-ministro de Portugal é...... Santana Lopes.


(brincadeirinha)

Fotografia anti-Santana

A CNE recebeu várias queixas de eleitores que estão a votar na Junta de Freguesia de S. Mamede, em Lisboa. Em causa está uma fotografia de Pedro Santana Lopes dentro da secção de voto. Para os que estavam ainda indecisos ou tentados a votar no PSD, foi uma ajuda. Depressa perderam a vontade, ao olhar para a fotografia, neste caso anti-santana.

Apelo ao voto a 320 metros das urnas

Mário Soares foi votar. Até aqui tudo bem. Mas fez declarações aos jornalistas, falando da maioria absoluta, a menos de 500 metros das urnas. Tal prevaricação, segundo a Comissão Nacional de Eleições, pode resultar numa queixa contra o ex-Presidente da República, no Minitério Público. Mas a notícia vem agora. Pasme-se! Mário Soares pode ser condenado a, imagine-se, uma multa entre 50 cêntimos (sim, cêntimos) e 5 euros. Tivesse Santana tirado cinco minutos para pensar nisso, e tinha todos os seus "ministros" a apelar ao voto nos sociais-democratas, a 320 metros das urnas. A festa podia dar algum resultado e ficava barata... Imaginando que 17 ministros laranjas o faziam, é certo que não se sabe quantos votos arrecadariam, mas por 85 euros (à multa mais elevada) não custava nada tentar...

sábado, 19 de fevereiro de 2005

O novo emplastro

Quis apenas confirmar que acontecia o mesmo em todos os distritos antes de o escrever. No meu, aparece um cartaz do CDS-PP com o Nuno Magalhães (cabeça de lista do partido por Setúbal) em primeiro plano e Paulo Portas atrás (!!) do seu benjamim, qual emplastro da bola. Em Lisboa, Telmo Correia à frente e Portas atrás (!!). Em Faro, Narana Coissoró e Portas. Assim acontece em todos os distritos, excepto em Aveiro, onde suponho que Portas apareça à frente e atrás, sendo emplastro dele próprio.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2005

Os dois lados da moeda

Hoje não há execpções nas primeiras capas dos jornais diários. Uma pasmaceira. Cinco capas, dois temas. Primeiro: A maioria absoluta para o Partido Socialista em cinco das seis sondagens divulgadas. Segundo: o polícia baleado na Cova da Moura. No fundo, dois patamares, ou seu quiserem, os dois lados da moeda: os que estão do lado de lá e os que estão do lado de cá. Os que estão do lado de lá têm direito a palavras como "vitória", os que estão do lado de cá merecem as de "sofrimento", "lágrimas". Uma coisa é certa, em cima do alto muro que divide o lá e o cá é que ninguém pode ficar.

O choque eléctrico

Eu antecipo já o meu dia de reflexão para as legislativas.

Depois do «choque de gestão» do PSD, do «choque tecnológico» do PS e do «choque de valores» do PP, gostaria de propor um «choque eléctrico» para os líderes dos principais partidos políticos portugueses. Não há paciência para tanta inconsequência.

Um teve o brinquedo na mão e conseguiu estragá-lo, aos poucos; outro perdeu a credibilidade e por isso defende que o mundo está todo contra ele. A única pessoa que não o afronta será apenas ele próprio; o mais cristão apregoa-se útil e fomenta o sonho, pelo menos até dia 20, de formar um Governo, mesmo com as previsões que não o deixam chegar aos dois dígitos nas intenções de voto; o mais operário de todos não consegue projectar a sua voz com firmeza e o discurso podia ter sido proferido hoje como há cinco ou mesmo há 30 anos atrás..... ; para terminar há ainda o líder que sabe tudo e que parte para cima de tudo e de todos. Vai colhendo cada vez mais simpatia, o que é provado pelas sondagens. Pode ser a surpresa, mas devia ser lembrado do que defende no papel: a tolerância...

Assim vai a luta política mediática, com um teatro onde as ideias nem precisam de entrar em palco. No meio de tudo isto, há um líder esquecido que está à espreita e vai esfregando as mãos de contente. A abstenção não se importa com sondagens, não diz disparates, não leva facadas nas costas nem pontapés na incubadora, não precisa de se afirmar como a melhor opção e o direito que tem em se expressar é apenas no dia do escrutínio. Aí toda a gente dirá que os portugueses não se interessam pela política... pudera! Quando o debate é doentio e consegue-se falar horas a fio sem apresentar uma ideia e sem dizer algo que realmente importe aos eleitores, é perfeitamente aceitável que assim seja.

Avance-se então com o «choque eléctrico» para que os líderes saiam de dentro das televisões e percebam que quem vota já não tem paciência para tanta mediocridade partidária, da esquerda à direita.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

Outra vez o sol com a amiga de sempre

Hoje a minha amiga Margarida Baptista faz 29 anos. E, só por isso, este é um dia especial. As coisas que tenho hoje para lhe desejar, perdoem-me, mas ficarão mesmo só entre nós as duas. Para o grande público, apenas posso dizer que é com muito orgulho que faço parte dos seus episódios de vida há mais de dez anos. Parabéns a todos os outros que, como ela, fazem anos neste dia. Comemorem o sol, o astro que, pelo que ela me confidenciou hoje, tem milagrosamente presenteado o dia 17 de Fevereiro há uns bons anos para cá. Que continue a iluminar. Sempre.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005

Mais minutos pela falta de voz do sr. de Sousa

Tão a ver que eu tinha razão? O debate serviu para o que serviu. Aliás, minto, não acertei numa coisa. Cada um dos candidatos não falou cerca de 22 minutos. Cada um deles pode utilizar mais minutos devido aos problemas de voz do sr. de Sousa. Que fique bom depressa e que consiga levar a bom porto o comício que hoje faz no Seixal. É que o "Zé" vai lá de propósito.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2005

Um debate decisivo para os que já estão decididos

Hoje é um grande dia para os portugueses. Pelas 20h30 a RTP junta em debate os candidatos dos cinco partidos que concorrem às eleições de 20 de Fevereiro. Estamos a cinco dias de pegar nos nossos cartões de eleitores e ir à escola da zona - com os bombeiros à porta a pregarem-nos autocolantes redondos no peito -, para dizer olá às urnas.
E porque é que este debate vai ser importante? É que a cinco dias das eleições, vamos poder perceber, através do discurso de 22 minutos a que cada um terá direito, se vamos votar bem. Tá-se mesmo a ver, não é? "Ah! Eu sou adepta das políticas de esquerda, mas aquele senhor da direita (quase extrema) saiu-se melhor e tal. Vou votar nele!". Concordo com a discussão de ideias, mas penso sinceramente que na política é capaz de se trocar tudo...menos ideias. E, por isso, este debate a cinco dias das eleições só poderá eventualemnte contribuir para um maior número de votos em branco. Não é pelo que os cinco candidatos vão dizer hoje que alguém vai mudar o seu voto. E quanto aos indecisos...bem, esses acho que vão deixar de o ser. Vão ficar mais que decididos a não votar em nenhum deles. Isto sou eu para aqui a especular, pelo que que me foi dado ver ao longo do que já se passou nesta e noutras campanhas (em especial nesta).
Comparo estes debates políticos àquela típica postura dos jogadores de futebol portugueses de se porem a argumentar com o árbitro depois de uma falta marcada. Como se o homem vestido de negro, depois de escutar atentamente o jogador faltoso, voltasse a soprar o apito e informasse: "Meus amigos, eu errei. Afinal não é penalty...esperem, o outro jogador está a argumentar...não, o outro teve uma argumentação mais bem fundamentada e mostrou-me as últimas estatísticas dos jogos em que participou e, por isso, retiro mesmo a falta que acabei de marcar". Pontapé de baliza.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005

Calma...é o Dia dos Namorados mas o mundo não acaba para os solteiros

Um abraço a todos os solteiros. De verdade! Não fiquem tão irritados por existir o Dia dos Namorados. Calma. Mais tarde ou mais cedo também vão encontrar a vossa cara metade e também vão querer jantar neste dia, trocar beijinhos e outras coisas, fazer surpresas.
Este dia - para nós que estamos apaixonados e que já temos a felicidade de partilhar a vida com a nossa alma gémea - , é mais um pretexto para regarmos esta planta enorme que continua a crescer em direcção às nuvens, e não tanto um dia em que somos obrigados a... Pelo menos para mim. Não se indignem, ou pelo menos não se indignem apenas com o Dia dos Namorados. Porque se estamos a falar de interesses comerciais, então é mais premente criticar o Natal, que tanto diz a tantos. Altura em que se dá um par de cuecas enormes à tia que destestamos e um par de peúgas às riscas ao avô que nunca encontramos, a quem nunca ligamos.
Calma. Deixem-nos fazer as nossas coisinhas e continuem com as vossas. Parece existir um ódio de morte por parte dos solteiros em relação ao dia de hoje. Não liguem, este dia não vos diz respeito, não é nada com vocês. Desliguem. Divirtam-se na vossa solteirice e deixem os outros divertirem-se como quiserem. Dêem beijos à vossa mãe. Não lhe costumam oferecer esses mimos no Dia da Mãe? Não fiquem à espera desse dia. Dêem esses mimos hoje, por exemplo.
Calma. Agora não podem é, lá por serem solteirinhos, desatar a boicotar um dia só porque não vos é destinado. E voltando à mãe, acham que faria algum sentido os orfanatos começarem a fazer rebeliões contra o Dia da Mãe porque pura e simplesmente tiveram a infelicidade de já não a ter? Não faz sentido algum.
Deixem-nos ir jantar fora, deixem-nos trocar beijos e andar de mãos dadas. Deixem-nos trocar surpresas e repetir vezes sem conta o tamanho dos nossos sentimentos. Não chateamos ninguém. Não vos aparecemos em casa com bilhetes lamechas, não vos aparecemos em casa a pedir uma refeição à luz da vela.
E por falar nisto...deixem-me ir. É que vou jantar fora e fazer essas coisas todas que tanto vos irritam. Não se irritem. Aproveitem as coisas boas de serem descomprometidos. Nós amamos um, vocês amam todos, sem olhar a quem, como dizia Espanca.

Para o "Zé".

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2005

É justo!

O primeiro-ministro (ainda em funções) Pedro Santana Lopes promete processar as empresas de sondagens caso os resultados no dia das eleições não confirmem os estudos de opinião. Segundo ele, os maus resultados obtidos pelo seu PSD são fruto de uma cabala, que já passou de ser apenas de esquerda para ser também de centro e de direita, de cima e de baixo. É justo. Mas só na medida em que o mesmo Santana Lopes não se importe que eu o processe pela sua actuação política não corresponder ao que havia prometido quando assumiu funções. É justo!