segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Vogais contra Organização Mundial de Saúde

As vogais portuguesas manifestaram-se hoje à porta da Organização Mundial de Saúde, numa luta contra o nome escolhido por esta organização para a Gripe A. “Estamos fartos que atentem contra a nossa dignidade e personalidade”, acusa um vogal da Associação Técnico-Profissional das Letras Vogais (ATPLV). Em questão está a fonética do nome: Toda a gente fala da 'Gripá' e não da Gripe A, o que tem causado um grande desconforto na comunidade vogal, em especial as facções ligadas ao 'e'.
“A questão é que quando as pessoas estão a dizer 'Gripá' estão a esquecer-se que nós, os 'e' estamos a ser injustamente engolidos. Entre o 'p' e o 'a' está um 'e', apesar de as pessoas nunca dizerem”, refere Edmundo Enes. Apesar de este problema afectar directamente apenas o “e”, todas as vogais se juntaram em protesto, numa atitude solidária. Como tem acontecido há várias décadas, as consoantes demarcaram-se deste protesto com um lacónico “esta não é uma luta nossa”.
Quem se insurgiu veementemente contra a manifestação foi a Associação Portuguesa de Calão, uma vez que defendem a continuidade da verbalização da expressão “Gripá”. “A palavra 'pá' é uma das mais usadas no nosso léxico e, uma vez que é nossa associada, vemo-nos na obrigação moral de a defender”, explica Tózé. Assim, defende ainda que se faça uma pausa quando se fala desta estirpe da Gripe. “O ideal era que se dissesse gri... pá”, sugere.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Obrigado a todos

Obrigado pelas sms, pelos postais, pelos mails, pelas mensagens, pela companhia. Obrigado à Inês que é sempre a primeira. Obrigado à Joana e ao Zé, que me proporcionaram 3 dias fantásticos. Obrigado à Mariana, às gémeas que estão com pressa de sair e à Oliveira e ao Zé, pais recentes que me mandaram uma foto linda do Rodrigo, que já está um homem. Obrigado ao Ricardo que, coitado, está a trabalhar, ainda por cima para o Estado. Obrigado à Lila que me mandou um beijinho de Amesterdão. Obrigado à Mónica, ao Luís e à CP, que nunca se esquece do meu aniversário. Também a Galp e à Vodafone, que não se esqueceram de mim. Obrigado ao Coelho Focault que me mandou uns chapéus bem catitas, à xô dona Salavisa, que gostei de ver à pouco tempo, na sapataria da Pipoca. Obrigado à Cláudia e à Pestinha, sempre em grande. Obrigado à Andreia, que umas vezes acerta no gosto musical, outras não :P


Obrigado à Vera que já sabe o horário do autocarro para Setúbal e à Manheca que, infelizmente não vejo há muito tempo. Obrigado à Maarrriiiiiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa e à Pipoca, que para mim será sempre a coleguinha. Obrigado à Andreia Arenga, mais uma 'vizinha' da Margem Sul. Ao Caldas, o grande Caldas. Ao Rui Reis que ainda me vai transformar num tenor. Obrigado à Cátia que, com a melhor das intenções, me ligou um dia antes. Auto emoción. Obrigado à Lígia, amiga inseparável do Indesign e também à Sofia, que ainda antes de eu nascer já era Suzete. Obrigado à Terê que me ligou do Algarve, onde ainda não apanhou Gripe A e tem trabalhado imenso... para o bronze. Obrigado à Marta, que teve um problema logístico e não pode ir jantar. Obrigado à Filipa, que me mandou uma foto de Amesterdão, onde voltava já amanhã. Obrigado ao Cardoso - um dia destes ainda havemos de fazer negocio. Obrigado Guida, mesmo longe estas sempre aqui no quinto andar, muito perto!


Obrigado à família. à oficial e à emprestada. Ao Luís Miguel, que tem o aniversário de um bar no mesmo dia dos meus anos. Muito obrigado à Rita, por tudo, e porque me atura (não pensem que é fácil) e é um óptimo público. Obrigado à Sónia que gosta de ouvir e à Lígia que gosta de falar. Obrigado ao Bruno Cardoso e ao Guedes, que vão comer carninha grelhada ao jantar. Obrigado à Kátia que continua a ser sempre a mamã e ao Samu que me faz inveja com a viagem espectacular que fez. Obrigado ao meu porta-chaves preferido que é pequenina por fora mas gigante por dentro. Obrigado à Lara que me mandou um postal electrónico a partir de Barcelona. Obrigado ao Citibank por não me ter ligado hoje a oferecer cartões de crédito. Obrigado por ninguém me ter falado de trabalho. Obrigado ao Jorge Pinho pelo abraço. Obrigado à Leonor Silva, que me enviou mais uns parabéns internacionais. Obrigado ao Flávio Romeo e à Mafalda, que estão viciados em ir de férias para ilhas.


Obrigado ao Teixeira, pelos parabéns e fico à espera da prenda prometida no facebook (qualquer um serve). Obrigado ao Titero que finalmente consigo tê-lo num jantar. Obrigado à maninha, sempre em altas. Obrigado ao J, que não falha a tradição de mandar SMS de traz para a frente. Obrigado À Rita Pereira pelo beijinho e à Raquel Ponte, uma pessoa sempre com muito boa onda. Obrigado à Márcia, que é Gigante e que devia ser Giganti pelo paixão italiana. Obrigado ao Batista, que um dia anda há-de ser do Benfica. Obrigado ao Fidel Castro, que faz anos no mesmo dia que eu, apesar de se esquecer sempre de me dar os parabéns.


Obrigado a quem me aturou ao jantar e depois do jantar. E obrigado ao Facebook que lembrou a 80% das pessoas que fazia anos hoje. Obrigado também por me avisar quando todas essas pessoas fazem anos também. Obrigado a todos. Obrigado aos que não se lembraram porque eu também sou péssimo para datas de aniversário e aos que se vão lembrar depois da data. Obrigado ao Euromilhões pelo prémio e obrigado a todos pelas prendas. Obrigado também a quem eu me tenha esquecido de mencionar o facto de não levar a mal.

sábado, 18 de julho de 2009

domingo, 22 de março de 2009

Camarada Mesquita

Entrei n´A Capital no Verão de 2003. E foi lá que conheci o Mesquita. Um jornalista à antiga, cheio de princípios e com uma experiência que hoje se valoriza pouco, a não ser num plano meramente teórico. Lembro-me de ser um simples recém-licenciado e sentir-me tão pequeno quando falava com pessoas como o Mesquita. Fui ganhando confiança e a abertura dele sempre foi muita. Gostava de ensinar. E tinha tanto para ensinar. Percebi isso um pouco mais tarde, quando se tornou meu editor, ainda que por pouco tempo. Durante cerca de um mês, tive como editores os dois jornalistas mais experientes (e com que mais aprendi) com que me cruzei (Torcato Sepúlveda e João Mesquita). Infelizmente já nenhum deles está, fisicamente, entre nós. Não me hei-de esquecer dos fechos de edição com o Mesquita, em que o seu rigor fazia com que discutíssemos praticamente um texto vírgula a vírgula. Aprendi muito e, para toda a vida, aprendi a não ter medo de defender as minhas ideias e defender os meus pontos de vista. O Mesquita dava muita luta. Mais tarde, depois da sua saída d´A Capital tornou-se amigo. Amigo das jantaradas da Grande Lisboa, que ainda hoje sobrevivem ao fecho do jornal. E por mais que tentasse, nunca consegui aguentar mais do que ele. A pergunta do Mesquita depois de um jantar era sempre: "Onde é que vamos tomar o pequeno-almoço, camarada?". Acompanhei (acompanhámos, os da Grande Lisboa) a sua doença, os seus momentos baixos, mas também a sua vontade de estar sempre com os amigos. Estava na calha um novo jantar. Mais do que nunca terá que acontecer, em sua homenagem. Obrigado Mesquita.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Regionalização? Só na Casa da Música

Uma bomba, é o que me apetece colocar à porta da Casa da Música, no Porto. Ora aquelas alminhas regionalistas (não falo no geral, só em particular) decidiram que o concerto de PJ Harvey seria quase só para o quintal deles. Então o que fizeram? Vender bilhetes só na Casa da Música e nas quatro Fnacs do Norte do País. Depois, para disfarçar, colocaram também os bilhetes à venda no site, mediante um registo e mais boqueios e servidor em baixo. Os bilhetes esgotaram, segundo notícias divulgadas, em 22 minutos. Eu gostava de propor aos responsáveis do Coliseu de Lisboa, da Aula Magna ou do Pavilhão Atlântico para, a partir de agora, colocarem bilhetes à venda apenas no local e nas Fnacs da região de Lisboa. Assim, não há misturas com esta malta cá de baixo, para fazer a vontade aos senhores da Casa da Música. Parece que a regionalização já começou, mas apenas na Casa da Música. Um grande bem-haja.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Os rodapés

Os rodapés dos telejornais afirmaram-se, aos poucos, tornando-se mais (e melhor) informativos, mais interessantes e acutilantes. Deixaram de ser um simples sumário dos noticiários, mas passaram a dar pequenas notícias que, por critérios editoriais, não teriam espaço no jornal, mas que são interessantes para muita gente, mesmo que minorias. Hoje em dia, é normal que passem notícias mais interessantes nos rodapés do que no espaço principal de um telejornal. E o que as torna interessantes, além dos temas, é a capacidade de síntese, que retira por completo a palha ou os comentários que, muitas vezes, não fazem sentido, as imagens de arquivo ou o tempo excessivo a uma notícia que se dá em poucos caracteres. Isto tudo para dizer que, cada vez mais, os rodapés das televisões são o twitter de cada espaço noticioso. Interessante.

Os padres

Eu percebo os padres. É uma represália. Contam-se pelos dedos da mão de um maneta quantos homossexuais vão à missa.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Igualdade de direitos para quem acorda tarde ao fim-de-semana

A questão é aparentemente simples. Está muito na moda o brunch. Normalmente ao fim-de-semana, dizem os adeptos, é a melhor forma de não ter trabalho e ter uma desculpa para comer mais tarde. Assim, junta-se o pequeno-almoço com o almoço num repasto calmo, lento e saboroso. Nada contra. O problema coloca-se quando, imbuídos mais ou menos do mesmo espírito, apenas com a diferença de acordar bem mais tarde ("quando tiveres filhos isso acaba" e bla bla bla), queremos comer. Tão simples como isso. Ora, acordando por volta das 13h30, tomar banho e vestir (tudo com muita calma já que é fim-de-semana) faz com que a hora a que queremos ir comer fora seja tarde de mais. Como é que se explica ao dono de um restaurante que queremos juntar o almoço com o lanche por volta das 15h30/16 horas? Ou batemos com o nariz na porta ou então "ah a cozinha está fechada, agora só reabrimos às 19". Ficamos sem alternativas, se excluirmos os centros comerciais. No fundo o que eu peço é igualdade de direitos. Se há uma mentalidade bem mais aberta para quem aposta no brunch, porque somos discriminados por dormir muito. Também queremos comer.

Já agora agradeço se alguém me conseguir arranjar o nome técnico para um almoço alancharado (e preguiça não é uma resposta válida).

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Sim, estou no twitter mas não sei se é bom ou mau

Através do André, descobri o Twitter. Ainda estou na dúvida se é giro ou estúpido. Isto porque é engraçado podermos acompanhar os desabafos diários de quem queremos, e fazer comentários de forma muito mais imediata do que no blogger e menos intrusiva do que no Messenger. Por outro lado, o que raio interessa o que cada um está a fazer a cada momento? Hei-de voltar ao tema mais para a frente, quando conseguir ter uma opinião mais sólida. Porém, tem uma coisa que gosto muito, dá para fazer playlists e partilhar música com os amigos. Isso é giro. Se quiserem visitem em 

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Ajudar a Cruz Vermelha

Só para dizer que não fui levado pela chuva torrencial que tem caído e também que podem ver o número 3 da Magnética, que já está online e permite que todos ajudemos a Cruz Vermelha. Eu já o fiz. E tu?

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Se for pão de cereais, pode ser

Quando comemos uma sandes em pão de cereais achamos sempre que é algo saudável, mesmo quando é com tortilha, panados ou maionese lá dentro. 

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Movimento "segundas é na caminha"

As segundas-feiras são terríveis. E cada vez mais tenho vontade de fazer uma parceria estratégica (ou joint-venture, que é mais chic) com o atleta Marco Fortes. É que, também para mim, em especial às segundas-feiras, "de manhã, é na caminha". Eu acrescentaria que trabalhar às segundas só a partir das duas da tarde... Força Marco, és Fortes! 

domingo, 25 de janeiro de 2009

A culpa é do avião, claro

Acho alguma piada aos discursos das companhias aéreas. É claro que, muitos deles, já os sei de cor, e já nem sequer falo da óptima pronúncia das assistentes de bordo com o inglês, especialmente se viajo em companhias espanholas ou francesas. Nem sequer é isso. Acho piada (ou talvez não seja piada, seja mais... alguma irritação). Passo a explicar: ora chegamos ao aeroporto com a antecedência necessária, fazemos o check-in, passamos o detector de metais e chegamos, finalmente, à porta de embarque. Atraso! É tão comum que acabamos por já nem estranhar muito e, desde que não seja mais de meia-hora, já nem consideramos atraso. E depois, quando finalmente entramos no avião, o discurso é sempre igual: “Pedimos desculpa ao atraso, mas este deveu-se à chegada tardia do avião do destino anterior”. E pronto. Mas a piada toda está na veia de futebolista que este discurso demonstra. Ora eles falam na terceira pessoa como se nada fosse com eles. Portanto, o avião chegou atrasado do destino anterior e eles dizem-no como se não tivessem sido eles. A companhia aérea nunca tem culpa, nem a tripulação, nem ninguém. A culpa é do avião que, com o mau feitio que tem, chegou atrasado. Abra-se já um processo disciplinar ao avião, ao mau tempo e ao tráfego que fazem estas coisas irritantes aos passageiros e à própria tripulação, que não tem nada a ver com isso.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Pergunta alegadamente estúpida

Se eu disser que o alegado cabrão do José Sócrates alegadamente rouba o bolso dos portugueses todos os dias e que o alegado filho da puta do Ministro das Finanças devia levar um alegado arraial de porrada e que, no meio disto tudo, o alegado atrasado mental do Presidente da República devia ser alegadamente sodomizado, posso ser processado ou só alegadamente processado?

P.S. - peço desculpa pela linguagem, mas não disse nada extraordinário. Até porque, como sabem, pelo novo acordo Casa Pia, qualquer asneira, insulto ou ofensa se tiver a palavra alegado antes deixa de o ser. O alegado anula sempre a palavra que vem a seguir.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Sinceridade vs politicamente correcto

Assim a quente, deixar apenas mais uma prova de que a sinceridade é bem mais interessante do que o politicamente correcto. Este episódio passou-se na tomada de posse de Barack Obama. No seu discurso, o novo Presidente agradeceu a Bush pelo seu serviço à Nação e depois, voilá: "Vamos reformar maus hábitos e fazer tudo com mais transparência".

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Radares: acção de mobilização

Há pouco tempo a ImprovLisboa lançou mais uma campanha de mobilização espontânea e levou umas dezenas de jovens a andar de cuecas no Metro de Lisboa. A iniciativa foi engraçada, especialmente pela reacção das pessoas. Agora o que eu proponho, muito a sério, é que 21 pessoas tenham uma ‘avaria’ no carro exactamente à frente dos 21 radares fixos que estão instalados na cidade de Lisboa. Todos à mesma hora. Tipo happy hour das estradas em Lisboa. Era uma acção muito boa para ver a atitude das autoridades. Alguém alinha?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O colete retroreflector

Volto a um tema que me é muito querido (ainda se lembram da história do Zé João?): o colete retroreflector. Foi uma das coisas que os portugueses interiorizaram de tal maneira que hoje em dia é quase necessário fazer campanhas de sensibilização nas gasolineiras para que as pessoas não usem o dito colete enquanto estão a abastecer, ou quando saem para se aliviar numa estação de serviço. Foi um hábito completamente absorvido. Há muita gente que ainda hoje se recusa a usar o cinto de segurança, mas quando é mandado parar pelas autoridades e tem que sair, despe prontamente o colete do banco do pendura e veste-o para poder ser autuado dentro da lei. Porque se há coisa que o português não admite é um desrespeito à lei do colete. Mesmo quando vão a falar ao telemóvel e provocam um acidente em cadeia, lá pedem a quem está do outro lado da linha para aguardar um segundo enquanto vestem o colete para ir ver como 12 carros ficaram completamente destruídos. Até mesmo para esbofetear o condutor do carro de trás que buzinou por este ter passado um sinal vermelho, sem colete, nada feito. E já que vou estacionar o carro no parquímetro vou mas é vestir o meu colete para ir buscar o ticket...

sábado, 17 de janeiro de 2009

O elogio da Magnética

Eu sei que consegui espantar boa parte dos leitores com a prolongada ausência, mas não posso deixar de sugerir a todos que conheçam uma nova revista portuguesa. Um aviso: É muito boa. É exclusivamente online e é bilingue. Tem uma plataforma muito interessante e põe fim à falta de espaço que há nas versões em papel (mesmo tendo esta um número de páginas fixas. Vejam e percebem porquê). É o que se pode chamar verdadeiramente uma revista multimédia: porque na versão de papel (virtual) contem vídeos, som, slideshow de várias fotos e textos em scroll. É muito bem feita e tem um cuidado estético como provavelmente não se vê em mais nenhuma revista portuguesa. É interessante, tem trabalhos bem escritos e temas apelativos. É mensal e é suposto ir-se lendo ao longo do mês, com calma porque ler num monitor não é (nem nunca será) o mesmo do que ler em papel. Mas também não é suposto imprimi-la (apesar de possível). Já agora, a revista é de uma amiga minha, que teve a coragem de avançar para um projecto próprio. Mas não é por ser de uma amiga minha que tem menos valor. Não é uma publicidade gratuita, é uma referência merecida. Visitem e digam o que acham.

www.magneticamagazine.com

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Parece mentira...

O título é um dos pensamentos que me assalta a cabeça de cada vez que penso nisso. Nunca andei de Pendular. Ou melhor, nunca tinha andado. Até ontem. Em mais uma acção de trabalho, tive que vir ao Porto (mais propriamente à Maia) à apresentação de um novo automóvel. Feliz e finalmente fui e voltei de Pendular. Digamos que gosto muito de andar de comboio, mas há algumas notas curiosas:
  • O Pendular está claramente subaproveitado. Muito pouco é o tempo que circula na casa dos 200 km/h. O máximo que marcou no display interior (que eu tenha visto) foi 225 km/h e foi só para mostrar que consegue lá chegar. É uma espécie de ‘é bom não foi?’. Mais de metade do tempo vai a uma média de 120/140 km/h, havendo muitos troços onde não passa dos 60! Manifestamente pouco. 3 horas até ao Porto (uma eternidade que se passou bem apenas por ser a primeira vez) e no regresso um pouco menos. 

  • Falar-se de TGV é completamente ridículo quando há um óptimo comboio que anda a menos de metade da velocidade do que podia por causa de uma linha sobrelotada e de falta de infra-estruturas. Por isso, depois de andar no Pendular, se houvesse um referendo votaria claramente ‘Não’ na construção do TGV entre Lisboa e Porto. Lisboa-Madrid, sim. 

  • As linhas de comboio são uma miséria em Portugal. Mesmo não sendo um expert nesse campo, já fiz várias viagens de férias em alguns países da Europa e aqui é curioso como a vista do comboio é sempre para o que se quer esconder das cidades. Barracas, descampados, lixeiras a céu aberto, sucatas abandonadas, casas que são autênticos mamarrachos, contentores, enfim, uma vista pouco simpática, tirando as excepções de algumas zonas de Lezíria, do Porto ou a chegada a Lisboa. 

  • Tive o privilégio de poder fazer a viagem em classe Conforto. Confortável, volto a dizer que o comboio é muito bom, mas o serviço está a roçar apenas o razoável. Direito a um jornal (e não mais do que isso) e a um copo de água (e não uma garrafa) ou de sumo no início da viagem e acabou por aí. Há um pequeno almoço que é servido mediante o pagamento de 5,90 euros (!!!) por um pão gelado, uns condimentos, um prato de fruta ácida e uma bebida quente e um sumo. Fraco, muito fraco (ainda falo eu das sandes servidas a bordo da TAP). 

  • É um meio de transporte fantástico para poder relaxar, ler, trabalhar, dormir, ir completamente descontraído ou apenas poupar a carta de condução por causa dos excessos de velocidade. Mas isso era se demorasse 1h30/1h45, o que era perfeitamente possível e desejável. Deixa de ser apelativo quando se demora 2h45, bem mais do que de avião e até mais do que de carro.

  • Já agora, deviam mudar os bilhetes do comboio, que pararam no tempo, além de o comboio poder ter uma espécie de ‘air show’ ferroviário para sabermos onde estamos e, fundamental, rede wireless gratuita para aceder à Internet no comboio (ter tomadas de corrente é de elogiar). Mas entre todos os problemas, isto são apenas alguns devaneios.
A propósito da viagem, na zona do Porto come-se muito bem e o Lexus IS sofreu algumas melhorias interessantes ao nível da segurança, além de um ligeiro restyling.  

A cegueira em torno de Ronaldo

Alguém já ouviu falar de Madjer? (Não o bota de ouro do FC Porto, mas o jogador de futebol de praia). Parece (não que os órgãos de comunicação o tenham referido) que foi o melhor marcador do Mundo na sua modalidade, no mesmo dia e cerimónia de Cristiano Ronaldo. Porém, como não destrói Ferrari, não apresenta dezenas de namoradas nem anda metido em escândalos sexuais, não movimenta milhões em publicidade e nem sequer tem uma marca própria de roupa foleira, ninguém falou dele e nem sequer foi ao palco receber o prémio. Parabéns Madjer.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Estudo independente dos saldos da Zara


Ter uma afilhada que faz anos em Janeiro, logo depois do Natal tem destas coisas. Todos os anos penso que devia comprar antecipadamente a roupa que lhe ofereço sempre no aniversário (os brinquedos são no Natal). Todos os anos penso, mas todos os anos fica por cumprir. Mais uma vez, tive que me enfiar na Zara (e cada vez mais me assusta como isso pode dar prazer a alguém) a escolher roupa. A loucura dos saldos faz com que não haja nada e que, invariavelmente compre coisas da nova colecção. Isso não me chateia nada, desde que haja o tamanho certo, siga. Agora, o que me deixou ontem muito pensativo foi o facto de, nos montes de roupa em saldos, haver tudo para crianças-anãs entre os 2 e os 5 anos e depois só de gigantones de 12 para cima. Um qualquer fenómeno estranho se passa, porque as peças são exactamente iguais, mas há ali uma falha entre os 6 e os 11. O que me faz pensar que toda a gente desatou a fazer filhos entre 1998 (depois de noites loucas a ver o Aquamatrix na Expo) e 2003 (para os pais ficarem já despachados dessa tarefa para apoiar como deve ser a selecção no Euro 2004). Isso é realmente estranho. E faz-me também pensar que o decréscimo de natalidade, a avaliar por esse organismo independente que é a Zara, deu-se exactamente pela desilusão no Europeu de Futebol e também por já se ter uma vaga ideia que Sócrates podia ser primeiro-ministro. 

Um post sobre os sumos do VITAMINAS & COMPANHIA

Eu gosto de ir ao Vitaminas, mesmo tendo a ideia de que as saladas do Capri (Vasco da Gama) são melhores. Mas o que gosto mesmo é dos sumos naturais. São deliciosos. Ou melhor, às vezes. É que com muita frquência os empregados juntar demasiada água para fazer render. E em vez de saber a fruta pura sabe a melancia del cano ou maçã de Castelo de Bode...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Vitaminas&Companhia is watching you!

Em todo este tempo que tive ausente algo de muito estranho se passou neste blog. Em Abril de 2006 (ainda mal tinha a carta de condução) escrevi um post mais ou menos inocente sobre a experiência de ir almoçar ao Vitaminas&Companhia. Estava longe de imaginar o que isto ia dar. Foi um dos posts que teve mais comentários e foi, sem dúvida, o que teve mais reacções de pessoas que não faço ideia quem são. A mim parece-me que isto deve ser um programa desenvolvido pela Vitaminas para responder e melhorar a imagem da marca. Se não acreditam, vejam este link e leiam os comentários.

http://ventoinha.blogspot.com/2006/04/vitaminas-companhia.html

Agora a seguir a isto vamos ver se há mais comentários ou se tenho que inventar um post sobre o McDonald´s, o Pizza Hut ou KFC.

Quem é o culpado?

Espicaçado pelo post do André, decidi fazer eu próprio uma pequena dissertação sobre a entrevista de José, o Sócrates à SIC:
- Os entrevistadores pareciam dois miúdos a tentar mostrar qual sabia mais e com um único objectivo: entalar Sócrates. Não o conseguiram por manifesta falta de engenho, sabedoria e também graças a muito nervosismo para justificar audiências
- José Sócrates, mais uma vez e à sua imagem, fugiu a todas as questões e nunca respondeu directamente a nada, passando apenas a mensagem que lhe convinha, mesmo que a pergunta não tivesse nada a ver com o assunto.

No final, toda a gente comenta, e de todos temos as declarações mais que óbvias e vazias, da oposição aos sindicatos, aos comentadores e até ao sr. Fernando do café. No fundo, ninguém percebeu nada porque não foi dito nada de novo, como tal lançam-se umas frases que cabem na entrevista como na produção de excremento de minhocas.

No meio de toda esta inércia de quem é a culpa?
É nossa que ainda perdemos tempo com entrevistas e também porque votamos neles.

Hino aos resistentes do Ventoinha

Foi a 23 de Julho que aqui publiquei o último post! Parece que foi ontem. Não parece nada, foi mesmo há 6 meses. Passou mais tempo do que o Santana como primeiro-ministro. É claro que isto não quer dizer que tenha passado muito tempo, mas o suficiente para ter afugentado todos os leitores que ainda perdiam tempo a vir aqui. Por isso decidi voltar e vamos ver se há alguém atento. Fico à espera de comentários para ver quem ainda passa por aqui. Este ano vou ser bem mais assíduo e começo com um post já a seguir.

Aproveito para desejar a todos um 2009 cheio de novas ideias!