sexta-feira, 31 de março de 2006

Provérbio Provado :: Provérbio canino

Era uma segunda-feira de manhã, essa hora amaldiçoada para quem vem com a embalagem de sono do fim de semana. Pedro acordou meia hora depois do despertador e, ainda meio a dormir, cuidou rapidamente da higiene diária. Quando estava prestes a sair correndo para o trabalho, atravessa-se-lhe no caminho Tintin, o cão, de focinho em súplica para o levar à rua. Normalmente até lhe sabia bem o passeio matinal com o primeiro cigarro do dia e o cão farejando os vestígios de presenças nocturnas.... mas hoje o Tintin tinha de ir numa pata e voltar na outra. Pedro desceu carregado que nem um ovo, abriu a porta do prédio ao cão e dirigiu-se ao porta bagagens para empacotar a reunião da manhã. Um minuto depois ouviu um grito e viu, perplexo, um polícia com o Tintin pendurado num braço. De um salto tentou soltar a dentadura canídea do braço do polícia que já perguntava:

- É seu, o cão? Este cão é um perigo! Devia ser era abatido! Não sabem educá-los é o que é! – ofegava, furioso – Ora deixe cá ver os documentos e o seguro do cão.

- Estão no carro...

Tintin mijava copiosamente uma roda do carro com os nervos. Pedro espreitou o relógio enquanto procurava os papéis, a reunião devia estar quase a começar. O polícia mirou-os com agressividade:

- Pedro Antunes, é senhor? Ora deixe cá ver a sua identificação. Mas o cão não está registado na mesma morada. Porquê, hein? O cão tem as vacinas em dia? Eh lá, há aqui uma que já passou da validade!

Já devia ter ido no mês passado ao veterinário, lembrou-se Pedro enquanto via o polícia a espumar cada vez mais colérico. A situação suava a problema por todos os poros e o Tintin resolve dar-lhe um desfecho, presenteando o sapato do polícia com as suas fezes sem a vacina da raiva em dia
- Mas qu’esta merda ? Isto é demais ! Acompanhe-me já à esquadra !

Pedro Antunes foi presente a juiz na terça-feira de manhã, acusado do seu cão não cumprir as normas de higiene e segurança e por desrespeito à autoridade. Apanhou pena suspensa com cinco meses de serviço comunitário e pagou uma multa de 640 euros. Quando finalmente chegou a casa, os olhos cansados de ver o sol nascer quadrado, olhou para Tintin com as lágrimas nos olhos. Este cão sempre tinha sido um caso singular de desobediência, e ainda mais desde que a Alice, a ex-namorada que o tinha trazido, os abandonara por um baterista de doom metal que tinha dois gatos pretos. Era impossível continuar a mantê-lo, depois da pior noite da sua vida e agora sem dinheiro. Havia uma possibilidade de juntar o útil ao agradável, pensou Pedro, entregar Tintin num canil e aí mesmo propôr-se a prestar o serviço comunitário. Meu dito meu feito, lá foram eles ao canil da paróquia onde foram recebidos por uma simpática senhora de carrapito. Pedro relatou-lhe toda a história que já conhecemos e ela entreteve-os lentamente pelas instalações, depois de um telefonema em surdina. Tudo parecia correr de feição, quando irrompeu pela recepção o polícia de ontem, ainda apresentando sintomas de raiva:

- Fui aqui chamado por abandono flagrante de cão por dono!... Olhó Sr.Antunes ! Ora cá nos encontramos outra vez...

 
* Preso por ter cão, preso por não ter
 

P.S. – Post livre de preconceitos métricos, e quiçá perdoando-me os ouvintes por o verbo ser demasiado extenso.


by Gui

quinta-feira, 30 de março de 2006

Post que dá umas luzes sobre o próximo blockbuster do cinema português: “Bela, a Adormecida”

“Se ela dormir outra vez, como-lhe a prima e mato o irmão mais novo”… eis o argumento principal de um filme que pretende arrancar “O Crime do Padre Amaro” do top das bilheteiras nacionais. “Bela, a Adormecida”, filme escrito e dirigido pelas equipas do Correio da Manhã e da LUX, conta a história de um amor, que podia ter acontecido, entre uma rapariga que dorme nos transportes públicos quando vai para o trabalho e um rapaz que ninguém come por otário.
Belinha, a Adormecida, moça castiça que trabalha no refeitório de uma escola na Ajuda, apanha o 60, e aí conhece João Ricardo, mais conhecido na zona de Alcântara pela alcunha de Trigo Limpo, pois são sobejamente conhecidos os homicídios que cometeu por causa de jogos na máquina de flippers. João é um rapaz esclarecido, gosta da sua mini; Belinha sonhava ser atleta nos Jogos sem Fronteiras, quis a sorte, nas suas tropelias, que apanhasse uma doença do sono, deitando assim por terra as suas aspirações. No obliterar do bilhete e no barulhinho irritante dos leitores do Lisboa Viva, esconde-se o Amor. João é meio vesgo, uma navalhada que levou nos santos quase lhe cegou a vista, e a marca ainda lá está; o olhar de Bela é tão ou mais pungente que o fio da navalha, aquela graduação dos óculos dá-lhe arzinho de toupeira, e o buço também faz das suas. João sorri, ao obliterar. Belinha tem passe.
Passada a cena quente, em que a chispa do Amor não foi mais que um curto-circuito no leitor dos cartões, os dois ocupam os seus lugares; João fica em pé, atrás dos lugares individuais, entre um sovaco e o olhar de uma velha de naftalina; Belinha, que não é deficiente mas anda com um atestado médico dobrado e desbotado dentro da mala, para provar a tal história da doença do sono, aproveita-se dos lugares vermelhos, reprovada, claro está, pelos olhares inquisidores e pelas raivinhas quotidianas sussurradas; ele há idosos com saúde. João entoa o tema de “Streets of Fire” num assobio assaz melodioso, um brilharete conseguido devido a uma falha que tem nos dentes, mais uma mão que lhe havia caído em cima num dia de festa. No êxtase do refrão, João assobia mais alto, olhando “à matador” para Belinha; o clímax de tão bela performance deu-se já ia o 60 no Calvário e a Belinha já tinha adormecido, com o saco dos tupperwares entre as pernas…

Quem viu a ante estreia garante que a frase: “Se ela dormir outra vez, como-lhe a prima e mato o irmão mais novo” é o momento mais alto do filme.
O Ventoinha entrou hoje em conversações para ver se há possibilidade de transcrever a história na íntegra.

quarta-feira, 29 de março de 2006

Oi???

Um colega meu guineense ligou para o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras para saber como estava o pedido de nacionalidade portuguesa dele e atendeu uma brasileira... (??!)

Meme (ou lá o que é)

Ora bem, finalmente vou responder ao Meme, que ainda não percebi muito bem de onde surgiu nem para onde vai, mas então cá vai. Também já não sei quem me mandou, porque já foram bastantes e não me lembro quem foi o primeiro. Assim, para os que me desafiaram e para todos os leitores:

1 – Tenho a mania de só comprar (todos os) livros da Cavalo de Ferro.
2 - Tenho a mania de comer pizza de fora para dentro e quando são individuais comer em espiral desde a parte de fora até ao centro. No fundo, tenho a mania de deixar o melhor para o fim, em quase tudo.
3 – Tenho a mania que sou capaz de fazer 30 mil coisas ao mesmo tempo e que me posso meter em tudo o que aparece à frente. Será sempre assim, mas com o tempo tenho-me apercebido muito mais rápido o que tenho de deixar para trás. Mas não me desafiem, porque digo sempre que sim… até perceber que é impossível, mesmo causando algumas desilusões a algumas pessoas.
4- Tenho a mania de combinar a roupa com os tenis (não me perdoavam se não escrevesse esta).
5- Tenho a mania que um dia vou ter um emprego formidável (isso já tenho) e ganhar dinheiro suficiente para cometer algumas loucuras (viajar, comprar mais livros, viajar, dar prendas, viajar, experimentar metade do catálogo da Vida é Bela, viajar, fazer muitas festas e jantaradas com os amigos e viajar).

«Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogs aviso do ‘recrutamento’. Ademais, cada participante deve reproduzir este ‘regulamento’ no seu blog.»
Agora tenho de indicar cinco pessoas de outros blogs, mas tenho a certeza que a maioria já respondeu ao Meme. Vou tentar escolher quem ainda não tenha sido desafiado. Se já tiverem sido, temos pena! Venham mais cinco:

1. Margarida aqui do Ventoinha
2. Joana do Olhares que Sonham
3. Oliveira e Gui do Coisas que Tal
4. Patita do Sexo e o Bairro
5. Koto dos Polacos

Ventoinha Solidária

Caros leitores do Ventoinha, encontro-me convosco para promover uma das causas que mais mexeu comigo, passo a expressão, nos últimos tempos… Abençoada sejas, Manuela Moura Guedes.
Pedimos, com todo o coração e mais louvadas entranhas que tenham, que contribuam para a perpetuação de um conto infantil até à eternidade, que, segundo se diz, não conhece principio:
- Comunicado do Agrupamento Musical Ventoinha da Charanga das Cinco Velocidades (ou mais…):
Solicita-se aos leitores, visto que o flagelo do H5N1 nos afecta a todos, que contribuam para “A Causa do Patinho Feio”. O Vírus do Patinho Feio provoca uma imensa gripe nos neurónios responsáveis pela #%&= da imaginação, de modo que, através desta nobre causa, venho solicitar a todos vós que se unam, numa só conta bancária, e que, como foi dito pelo autor, “contribuam para a perpetuação de um conto infantil”. O Patinho Feio está a morrer, para mal de todos nós, encontra-se às portas da morte e, não indo desta para melhor, vai de ténis (com certeza, o São Pedro, tão bom segurança que é, não o vai deixar entrar…); por esta e por mais mil razões, que só o flagelo do H5N1 conhece, solicito-vos, de coração aberto, que, com um pequeno contributo, ajudem a salvar o Patinho Feio.
Basta fazer o seu donativo num qualquer posto MB, vai ver que não custa nada. O NIB do Patinho Feio é: 00021300114300104. Obrigado.

P.S.1 – A mãe do Patinho Feio, que tão mal o tratou, e até chegou a discriminá-lo, agradece. O Ventoinha sabe que ela tem uma ninhada para sustentar… Ajudem, por favor.

terça-feira, 28 de março de 2006

Quando é que se percebe que o grupo musical contratado para animar um casamento está completamente perdido?

- Quando de repente começam a perguntar quem é o do Benfica, do Sporting e do Porto e começam a tocar os hinos.
- Quando passam a noite toda a tocar música brasileira e, de repente, metem lá o Quim Barreiros no meio
- Quando repetem uma música que perceberam que a malta gostou
- Quando salta um brasileiro com um apito a fazer coreografias 200% mais ritmadas que a música

segunda-feira, 27 de março de 2006

Notícia Ventoinha: Última Hora

Francisco George, director-geral de Saúde, garantiu hoje ao Ventoinha que Portugal corre sérios riscos de perder a identidade por causa da Gripe das Aves. Segundo o director-geral de Saúde, devido ao risco de contaminação do Galo de Barcelos, Portugal pode vir a padecer de uma crise iconográfica de nível Universal (cá, nunca se faz por menos!). “O Galo de Barcelos contaminado é uma catástrofe, é uma perda sem precedentes. A nível de cultura nacional equivaleria ao Paulo Portas sair com uma mulher que não fosse a sua mãe; ou ainda, ao Camilo de Oliveira, de um momento para o outro, passar a ter piada”, disse quase a chorar (a entrevista foi na cozinha dele e ele estava a preparar um Franguinho à Maricas; a cebola para o refogado encarregou-se dos efeitos especiais).
Na verdade, porque o acima escrito é a gente na galhofa, Francisco George confessou ao Ventoinha que, por causa do H5N1, o Galo de Barcelos pode vir a desbotar, perdendo todos aqueles tons e aquelas pintas, ficando negro; "Sem toda aquela cor deixará de ter aquela graça de ser tão português, correndo também o risco de ser adoptado pela Unita", afirmou. Aqui, no Ventoinha, teme-se o pior!
Mais desenvolvimento assim que se justificar e logo, mas logo, que o autor tenha tempo…

sexta-feira, 24 de março de 2006

Provérbios Provados :: Provérbio Provado num poema atrevido

«Primeiro é abraçá-la e apalpá-la,

e num instante com beijos entretê-la.

Primeiro é provocá-la e encendê-la,

depois lutar com ela e derrubá-la.

Primeiro é insistir e arregaçá-la,

as pernas pondo entre as pernas dela.

Primeiro é acabar isto com ela,

depois vem o deleite de gozá-la.

Não fazer, como soem os casados,

mais que chegar e achá-la preparada:

de tão doce dá fome verdadeira.

Hão-de ser os deleites desejados;

se não, não dão prazer nem valem nada,

pois não há quem o barato comprar queira


Anónimo ( Séc. XVI )

Jardim de Poesias Eróticas do Siglo de Oro


P.S. – Post
livre de preconceitos moralistas, e quiçá assinando-se anónimo para não ser lançado à fogueira junto com o verso.



by Gui

quinta-feira, 23 de março de 2006

Piadão Ventoinha que apesar de não ter piada foi chamado de Piadão por falta de criatividade do autor e acaba com uma pergunta

Uma pessoa meia doente só precisa de meia vacina, de meio medicamento, de meio tempo de tratamento. Se tal pessoa está meio doente significa que há um dos lados que não está, pois só está doente até meio; neste caso, será negligência médica dar a vacina no lado errado?

2 Piadões Ventoinha que mostram alguma falta de auto estima do autor mas de certa forma fazem publicidade enganosa através da ironia

1.
Eu sou tão girinho, mas tão bonitinho que, nas fotografias de família, fico sempre por detrás da máquina

2.
Eu sou tão bonitinho que a única pessoa que me disse que eu era lindo de morrer ainda está bem viva. Essa pessoa é a minha avó e disse-me isso num dia em que lhe fiz um recado.

terça-feira, 21 de março de 2006

Post que sem meter piadinha emprega uma outra expressão idiomática em duas situações distintas sendo uma delas sugerida por um comentário

Situação 1:
Questionar o cirurgião francês sobre a possibilidade de a operação correr mal. O cirurgião responder: “Eu nunca erro, mas, no máximo dos máximos, o menino pode ficar com uma mão à frente e outra atrás.”;

Situação 2:
Questionar o cirurgião sobre o deleite ergonómico de um par de mamas nas costas. O cirurgião responder: “Você é muito curtinho de vistas. Pois, se a mulher tem um par de mamas nas costas, você pode muito bem ter uma mão à frente e outra atrás que nunca perde. Embora seja uma invenção de mestre, não queira usufruir só do par de mamas nas costas. Há que pensar na coluna da mulher, não é?”.

segunda-feira, 20 de março de 2006

Post que sem fazer pouco faz menção a uma expressão idiomática e no mesmo parágrafo mostra que há uma cura para o que a expressão enuncia

Um rapaz cujo nome não vale a pena mencionar porque preferiu manter-se anónimo e que, na verdade, pode ser qualquer um de nós, meteu os pés pelas mãos. Ora isto, se fosse aí há uns anitos, seria um grande mal, pois estava visto que não tinha cura. Hoje não é bem assim, existem cirurgias plásticas e todo o mal que resulte de pôr os pés pelas mãos pode ser curado através de uma simples cirurgia. Foi isto que concluiu um cirurgião experiente e francês – apenas nas horas vagas, porque se comporta como um alemão a maior parte do tempo. Segundo este cirurgião, cujo nome não vale a pena mencionar por ser apanascado e comprido, “meter os pés pelas mãos é perfeitamente natural e eu achei a cura, nada mais. O que não é natural é a forma como as pessoas lidam com isso; às vezes parece que lidamos com essas pessoas como se fossem deficientes” – disse o cirurgião que é francês em part-time. Bem, na opinião do Ventoinha, que é sempre uma boa opinião, uma pessoa que tenha os pés trocados com as mãos não deve ser muito normal e, para além disso, deve andar de uma forma muito estranha.
Este procedimento cirúrgico vai começar a ser aplicado em casos reais e “qualquer dia vai ser possível ter seios nas costas sem se ser considerada marreca”, revelou-nos entre sorrisos o cirurgião que é francês em part-time.

sábado, 18 de março de 2006

Provérbio Provado :: Provérbio Francês

Provérbio que introduz a categoria Provérbios Estrangeiros, importado do filme "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain", da cena de diálogo entre a amiga e o apaixonado da Amélie num jardim. A amiga faz-lhe um inquérito cerrado de provérbios para descobrir se ele é merecedor da Amélie, pois já dizia seu pai que quem conhece provérbios é boa pessoa. E eu escolhi o que tem a sonoridade mais bonita:

* Couer qui soupire n'a pas ce qu'il désire

P.S. – Post livre de preconceitos linguísticos, e quiçá apresentando a tradução para a língua mãe: Coração que suspira não tem o que deseja.


by Gui

quinta-feira, 16 de março de 2006

Post Colonial

É, pois, no dia 28 de Março, deste ano de Nosso Senhor, que as águias defrontam a equipa catalã do Barcelona, num embate de Titãs, para gáudio do excelentíssimo Presidente do Concelho Dr. Oliveira Salazar. Como será de esperar, e para regozijo de toda a nação ultramarina, pois também os nossos irmãos africanos nos apoiam através da Casa do Benfica de Lourenço Marques, e restantes casas fundadas pelos excelsos descobridores, a equipa da Luz contará com o apoio incondicional de todos os portugueses, que foram já tão grandes lutadores na grande Batalha de Aljubarrota. Assim, o treinador dos encarnados, um excelentíssimo senhor alto e maduro, de tez pálida e um olhar de conquistador tingido de azul celeste, um extraordinário exemplo da figura masculina, qual Adónis destes tempos sem fé, contará, como treinadora adjunta, com a Nossa Senhora, tendo Amália, voz desta grande nação, como directora desportiva.
No alinhamento inicial teremos, para regozijo deste país de conquistadores, D. Afonso Henriques, na baliza; D. Sebastião, a lateral esquerdo; D. Nuno Álvares Pereira e D. Dinis, a fazer dupla de centrais; Jacinto Marto, revelação deste Anno Domini, a lateral esquerdo; a médio ala esquerdo, D. Sancho I; no centro, entalado entre a defesa e o ataque, Martim Moniz, que faz dupla com Brites de Almeida, padeira de Aljubarrota; no lado direito do meio campo vamos ter D. João V, muito bom nos cruzamentos e nas bolas paradas; mas, o poder desta equipa reside no ataque, onde teremos, numa dupla formidável, D. João I e Marquês de Pombal, que marcou dois golos aos Távoras na semana passada. No banco ficarão, para desgosto de alguns: Vasco da Gama, irmã Lúcia, o Padre António Vieira, o Cardeal Cerejeira, Camões e o guarda-redes Pedro Álvares Cabral.
Viva a nossa Nação! Na Luz como em Aljubarrota!

Em Junho próximo, “Anita” é novela da TVI

Tozé Martinho, o Balzac do horário nobre português, vai escrever uma novela baseada nas aventuras de Anita, a pudica criança que tinha um canito e que andava sempre metida em aventuras muito giras e cheias de animação. A versão de Tozé, segundo o próprio, vai ser um bocadinho mais virada para a exploração dramática do personagem. Na criação de Tozé Martinho, o papel principal vai ser representado por Carla Matadinho, uma inocente cachopa que tem um problema na zona do peito, mais conhecido por mal de caixa-de-ar, um mal tão grande que lhe cresce ali alguma coisa de muito estranho; há males que vêm por bem. Carla Matadinho vai fazer de Anita, como, portanto, já se entendeu; vai viver vários romances conforme a estação do ano e o grau de parentesco, roçando o assédio sexual no local de trabalho. O episódio piloto mostrado ao Ventoinha – num exclusivo de nível universal – que se intitula: «Anita na casa da prima que tem uma apetência sexual alternativa a pontos de gostar de arroz de grelos», conta uma aventura em que, Anita, ao passar no Jardim Zoológico e ao ter de ir às compras, se encontra de repente na casa da prima em cima de um aparelho parecido com… o resto… na sua estação favorita, a partir de Junho!

terça-feira, 14 de março de 2006

“Meme” (como quem diz, com sotaque algarvio, “é meme iss!”)

«Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogs aviso do ‘recrutamento’. Ademais, cada participante deve reproduzir este ‘regulamento’ no seu blog.»

Dou a conhecer então as minhas cinco manias, da menos importante para a mais importante:

5- Tenho a mania de estar apaixonado por tudo e por todos (ah maluco!)
4- Tenho a mania de dizer que é mau ter a mania
3- Tenho a mania das bolachas Maria com iogurte (huum, nham!!)
2- Tenho a mania das bombocas, uma é sempre pouco, e muitas nunca são demais
1- Tenho a mania de querer mudar o mundo (de que os cágados voam, portanto)

5 Blogs:
Zastraspasnotwar: do Agostinho
2+2=5: do Carapinha
Editoracantoescuro: do Vítor
Borrasdecafé: da Joana
Coresdoglobo: da associação Cores do Globo

Post que tenta provar que um acidente de viação pode reacender o ódio que a esquerda tem ao capital sem deixar de sugerir traição

Francisco Louçã, como qualquer outro mortal, pode morrer atropelado por uma carrinha de transporte de valores conduzida por um senhor parecidíssimo com o Estaline.

segunda-feira, 13 de março de 2006

Ventoinha da Conspiração

No dia em que Sá Carneiro faleceu, “assacidentado”, o presidente da Junta de Freguesia de Camarate (se é que há uma, mas dá jeito agora que haja) ficou puto da vida… O mistério prolonga-se já há uns anitos, não gostasse o povinho de uma bela novela. Mas, não é isto que aqui me trás. Para além de dever algo aos leitores, deste blog de coisas bonitas, sinto-me na obrigação de fazer denúncia, reportando a abstrusa calamidade de que me apercebi, numa profunda leitura da História. Acreditem-me! Sá Carneiro foi “assacidentado” por causa de um Werther’s Original, que terá dado a Cavaco na penúltima noite da sua vida. Espantem-se! O mesmo Werther’s Original foi passado a Marques Mendes durante o serão do celebérrimo dia da tomada de posse. O que quer isto dizer? Absolutamente, nada! Certo é que, Marques Mendes acabou a noite a partilhar o rebuçado com, nada mais, nada menos, José Sócrates. Mário Soares, que não foi ao jantar por ter ficado preso no pulmão artificial, desconfiou deste rude golpe, desferido, sem dó nem piedade, à jugular da Democracia portuguesa. Tirando isto, Mário Soares só comeu mais um bolinho sortido, sorveu o chá das 21:00 e deitou-se, tendo Maria Barroso o trabalho de lhe ir despejar a arrastadeira. O quererá isto dizer? Só pode significar uma coisa: Maria Cavaco deixou de poder contar com o seu “Stallion de Boliqueime”; porque, Presidente da República, não pode assim tanto, e, se não pode assim tanto, é meio potente; se é meio potente, é, claro está, meio impotente. E mais não digo… Esta conspiração já dá pano para mangas…

sexta-feira, 10 de março de 2006

Provérbio Provado :: Provérbio Circense

Depois do boicote descarado levado a cabo na Feira de Santo António da Charneca, o Zé dos Frangos resolveu mandar às urtigas o Rei das Farturas e a Lena do Churro e decidiu mudar de profissão. Repescou à linha na memória umbilical o seu mais antigo sonho de criança e, pondo um sorriso de orelha a orelha que não mais lhe abandonou o maxilar, comprou umas meias de riscas largas roxas e pretas e dirigiu-se ao Chapitô. Aí chegado pediu para fazer um estágio de palhaço, já que não sabia ler em estrangeiro e as palavras workshop e atelier não lhe diziam nada. Ser palhaço, eis o seu sonho de criança, um pouco antes de querer ser deputado em São Bento, que até são sonhos que dormem de mão dadas... No Chapitô, o agora Zé Palhaço, sentia-se feliz; começou por ensinar na cozinha uma nova receita de frango enquanto aprendia malabarismo com laranjas, primeiro três, depois duas na mesma mão, até conseguir com quatro e até com cinco. Após as bolas, as massas de fogo e os bonecos feitos de balões, quis testar o equilíbrio em cima de umas andas e chegou mesmo a tentar uma perninha no trapézio. Foi então que outro palhaço o convidou para o primeiro espectáculo a sério, embora teimasse estranhamente em chamar-lhe acção de rua. O Zé pegou nas andas e num chapéu amarelo e juntou-se entusiasmado à centena de jovens que na Baixa erguiam cartazes e gritavam e cantavam e dançavam. Sentiu-se de novo criança, e pensava no bom que era não ter escolhido enveredar pela política, até ao momento em que descobriu, do cimo das suas andas, um palhaço de São Bento encabeçando o teatro. Uma lágrima correu-lhe pela face pintada quando um transeunte lá em baixo lhe espetou um dedo e a frase:


* Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és

P.S. – Post livre de preconceitos políticos, e quiçá subornando o porteiro para me deixar sentar no círculo esquerdo da assembleia a assistir ao espectáculo.


by Gui

terça-feira, 7 de março de 2006

Ventoinha Financial Times: OPA pode levar a fecho da Feira de Santo António da Charneca

Já desde a passada segunda-feira que o medo se instalou no seio dos investidores. O Rei das Farturas, reputado feirante, decidiu lançar uma OPA à Lena do Churro, provocando assim uma tremenda flutuação no valor das acções desta última. Multinacional reputada no fabrico de doces à base de farinha de trigo, o empreendimento Rei das Farturas larga assim mão da operadora de pipocas e algodão doce, negócio do filho, para investir numa hipotética sinergia que assimilará por completo um dos ramos mais rentáveis de Lena, a venda a retalho de torrão de Alicante. Quim do Tremoço, um dos maiores accionistas da Lena's Churres & Fartures Holding & Something With a Very Important Name (nome inglês!), chega mesmo a afirmar: "As acções perderão valor se o obstinado Rei das Farturas levar a OPA avante".O Reis das Farturas, apesar da reputação, é acusado pelos accionistas da Lena's como sendo um porco que não lava as frigideiras. Ao ficar provado que sim, que de facto não lava as frigideiras, o Rei das Farturas, não só não conseguirá a OPA, como perderá clientes.A realização desta OPA põe assim em risco a realização da Feira de Santo António da Charneca, isto por causa da Alta Autoridade para a Concorrência se mostrar relutante em ter apenas um operador a dominar o mercado dos churros, farturas, algodão doce e, quiçá, torrão de Alicante.

sexta-feira, 3 de março de 2006

Crónica :: Provérbio Provado :: Provérbio Provado no post scriptum

Especula-se tanto na Lusitânia sobre o facto de as mulheres irem à casa de banho aos pares, quando acontece precisamente o mesmo com o sexo oposto. A explicação é bem simples e a prova está, como não podia deixar de ser, num provérbio...

 

P.S. – Post livre de preconceitos diuréticos, e quiçá lembrando que:

- Quando mija um português, mijam logo dois ou três.


by Gui

quarta-feira, 1 de março de 2006

Provérbio-pergunta sobre o negócio entre a Sonae e a PT

Ladrão que compra ladrão tem 100 anos de perdão?

Gui, perdoa-me a intromisão na tua especialidade, mas foi mais forte que eu.