quarta-feira, 24 de março de 2004

Manifesto Anti-Coelho da Páscoa

Olha lá meu “felpudinho”, tu julgas que enganas alguém com esse casaquinho de peles, pois bem, estás muito enganado ò drag queen saltitante. Em primeiro lugar, quem te manda a ti fazeres-te passa por galinha alucinada a pores ovos ás cores, compreendo que seja só para ser mais feliz a Páscoa, no entanto vai-te mas é curar porque esses olhinhos vermelhos não enganam ninguém, ó drogadito. Deves andar metido na papa para conseguires pôr ovos ás pintas, ou então és enrrabado constantemente pelo Serginho e por isso cagas ovitos com essa cores todas. É o seguinte, a Páscoa é de Jesus, o homem já foi crucificado, não o vamos obrigar também a pôr ovos como tu, por isso baza lá e deixa-te de fitas, como o outro gordo de vermelho que mais parece o Carlos Castro montado nos seguranças de uma discoteca qualquer. Jesus não põe ovos. Tu não passas de um porta-chaves chinês, um amuleto e ainda mais, não passas de um gato com vison e orelhas compridas, porque sinceramente tu todo esticado já mias… Não acredito nessa tua simpatia, porque estás sempre a saltitar, cheira-me a homossexualidade seu gato com dores de estômago, sim, porque só um gato com dores de estômago é que anda assim como tu andas. Ainda mais, quem é que te disse a ti que eras engraçado, no mínimo estranho ó “felpudinho”. Sem muito mais conversa e já que pões ovos de chocolate, meu pedaço de cabrão, chupa-me a Pintarola e põe-te a andar.

sexta-feira, 12 de março de 2004

Somos todos madrilenos. Às 18 horas de hoje faz-se um minuto de silêncio. Abaixo o terrorismo. Abaixo os EUA!!

quinta-feira, 11 de março de 2004

Apresentação do Absurdo (Cristo vem cá baixo ver isto!!!)

Eliminar um gato para dar origem a um coelho que sai da cartola do mágico contra-autor da normalidade do mundo é deitar por terra a funcionalidade dos animais normalmente comestíveis. Encerrar um cão na gaiola é dar ordem de despejo ao pássaro bode expiatório dos fetiches da sua dona. Por conta e jeito morre em pretérito quase perfeito o sujeito daquela algazarra que por ciúmes do Bandarra foi menos sapateiro que este pretendendo mesmo assim saber mais do futuro que insiste em mostra-se obscuro na sua treva onde ninguém o leva por vencido ou encolhido porque o futuro estende-se e estica-se no infinito do que ainda não aconteceu e tão depressa se esqueceu por atitudes mal medidas e planos que de tão furados nada mostram que não o caos onde a ordem finalmente repousa… Principio.

terça-feira, 9 de março de 2004

De olhos arregalados para a passadeira

Cheguei cedo demais ao Atrium Saldanha. Vou ter que esperar. Tal como eu, entre as 12h30 e as 14 horas são muitas as pessoas que ficam à espera, junto à porta rotativa (que está sempre a encravar). Esperam por um amigo(a), namorada (o), familiar... E esperar à porta do Atrium é um acto cívico. É sempre mantida uma distância de segurança. É a solidariedade de quem espera. Vão olhando uns para os outros, com um ar de compreensão. De repente, a atravessar a rua vê-se alguém que esboça um sorriso na direcção da porta das 'galerias'. Ora, para mim não era, por isso olhei discretamente para ver quem era o sortudo(a) que não vai esperar mais. Cumprimentam-se e zás... menos um.
Fui passado à frente e sou olhado com ar superior, como quem diz: "já me despachei". Ainda antes de pensar sequer num nome feio, chega mais um que fica à porta. Eu continuo com os olhos arregalados para a passadeira. De cada vez que o sinal fica verde para os peões, os meus olhos procuram incessantemente... até ao próximo sinal verde. O processo repete-se. Mas chega a irritar, quando um caramelo qualquer, acabado de chegar, vê a sua companhia chegar. E eu à espera, rodeado de quem pense o mesmo.
Finalmente. Agora sei que o sorriso, por entre dezenas de pessoas na passadeira, é para mim. E prontamente digo que "acabei de chegar", "não faz mal", "nem reparei no tempo a passar". E lá vou, com ar superior, a andar devagar, com a perna arqueada e as costas direitas. Os outros, vão ter que esperar!

segunda-feira, 8 de março de 2004

Escoamento de stocks

O Dia da Mulher. Não chegava ser ridículo, como é também Internacional. 24 horas que movem televisões, jornais, rádios, sondagens, estatísticas, promoções, ofertas especiais, tudo envolto num embrulho de hipocrisia. Portugal é um dos países europeus onde as mulheres são mais maltratadas. Não direi que é prática corrente 364 dias do ano, porque um deles (o de hoje) é o Dia Internacional da Mulher! Os maridos aproveitam para oferecer os ramos que já estão feitos na florista do bairro, para comprar um coraçãozinho a dizer 'amo-te', para levar a esposa (hoje assim pomposamente chamada) a jantar a um restaurante caro. Parece um dia perfeito. Mas amanhã... regressa o dia-a-dia. Talvez aquele que esconde o que acontece em muitos lares do país. Realidades que são acumuladas até daqui a um ano, quando se celebra novamente o Dia Internacional da Mulher! Aí voltam a ser o centro das atenções e todos as defendem.
Mas tudo é promovido ao mais alto nível: Santana Lopes, Presidente da República, Primeiro-Ministro. No fundo, a promove os lobbies do consumo. O dia, que está quase a terminar será um dia feliz ou é algo que envergonha muitas mulheres? Que dirá a deputada Odete Santos deste dia? Não será apenas o escoar de stock que restou do Dia dos Namorados? O dia ideal para que as mulheres já se tenhma esquecido do que receberam no São Valentim, e a salvação dos pequenos/médios/grandes empresários que não querem guardar mercadoria para o próximo ano. Mas, e para aligeirar mais a coisa, o dia do Homem começa amanhã e interrompe novamente no próximo dia 7 de Março. Não adianta dizer o contrário. A não ser que tenham ficado ainda muitos corações e pelúcias por vender...

Folhetos distribuídos pelo aborto (do padre)

Nos últimos dias veio a público que uma organização cívica de apoio à grávida, dirigida pelo padre Jerónimo Gomes, está a distribuir milhares de folhetos chocantes sobre o aborto em várias escolas portuguesas sem conhecimento dos pais das crianças. Nos folhetos pode ler-se "a criança vai sendo torturada, desmembrada, desarticulada, esmagada e destruída pelos insensíveis instrumentos de aço do abortista". Grave, muito grave. Mas, enquanto o Ministério da Educãção promete fazer a Ventoinha chegou à fala com um dos miúdos que foi confrontado com o chocante folheto. Chamemos-lhe R.

Ventoinha: Ficaste chocado com o que viste no folheto?
R: Não
Ventoinha: Mas as imagens estão a levantar muita polémica...
R: Não sei porquê...
Ventoinha: O que achas do aborto?
R: Acho que deve ser um direito da mulher.
Ventoinha: Mesmo depois de veres as imagens?
R: Especialmente depois de ver a imagem... daquele padre. Por haver muita gente a pensar assim, é que ele existe... Há abortos que deviam ser obrigatórios...

Gigi Florin, a moedeira portuguesa

Uma notícia muito interessante foi este fim-de-semana publicada na Grande Reportagem. Um romeno chamado Gigi Florin, que gostava muito do seu copito de vinho, decidiu fazer uma aposta com um francês. No bar da cidade disputaram o título de quem seria capaz de engolir mais moedas (!!?). "Quando já tinha 120 no estômago, o romeno desmaiou e foi levado para o hospital. Depois de um intervenção cirúrgica, conseguiu sobreviver, ao contrário do francês, que veio a morrer, semanas mais tarde". Gigi Florin terá então ficado com as moedas que o francês tinha já ingerido. E, pelo que se sabe, esta aposta é prática corrente do romeno Gigi. Ao que a Ventoinha apurou, Gigi é afinal uma mulher (!) A Ventoinha apurou também que Gigi não é mais que o correspondente a Manuela em romeno. E Florin é uma conhecida marca de leite no mesmo país...

domingo, 7 de março de 2004

100 metros justiça

Ora, agarrando num jornal de algumas semanas, recordei um belo momento da televisão nacional e da cassete pirata. João Vale e Azevedo (ou Vale de Azevedo, ou ainda Val Dazevedo, como é conhecido) foi solto depois de ter organizado toda a bilbioteca da prisão, edado novo ânimo a um jornal interno. Um amor dentro do estabelecimento prisional (não confundir com as prisões). E, em directo para todo o mundo, através da NTV, o conhecido advogado saiu. A uns bons metros, e com zooms ladrões, as câmaras mostraram a sua careca. Mas, logo de seguida, dois indivíduos aproximam-se do ex-presidente do Benfica, e prendem-no novamente. Houve quem contasse 45 segundos, 1 minuto, alguns minutos, poucos minutos. No máximo terá sido um minuto e 27 segundos. Qual prova de velocidade nos jogos olímpicos. Ora, por tudo isto, resta-me perguntar:

- Quem tem coragem de dizer que a justiça portuguesa é lenta?

sexta-feira, 5 de março de 2004

As falsas despesas de manutenção

Frequentemente, o banco chega às nossas economias e tira-nos dinheiro para uma coisa que chamaram de “despesas de manutenção”. Isto faz alguma confusão porque, se pensarmos bem, os tipos não têm despesas nenhumas de manutenção. Já nem vou falar no facto de não conseguirem manter rigorosamente nada. Porque verdade, verdadinha, o mês vai passando e o dinheiro não se vai mantendo, vai fugindo. Mas pronto... nem vou por aí. A questão é que o banco nunca pode ter despesas de manutenção quando somos nós, clientes, que fazemos tudo. Uma pessoa tem que se levantar cedo, aguentar minutos desesperantes nas filas, contar o dinheiro, preencher papeladas, tirar a carteira para confirmar o número da conta porque não nos lembramos, explicar no guichet aquilo que queremos. Do outro lado está uma senhora de lenço ao pescoço ou um senhor com o pescoço na gravata que estende a mão, digita três palavras no computador e faz “Enter”. Até à próxima. E já está. A que despesas de manutenção é que eles se referem? As nossas contas nunca precisam de pneus novos, nem de luzes novas, não precisam de fascinas nem de lubrificantes...As nossas contas não precisam de manutenção. Metam isso na cabeça de uma vez por todas. E vamos unir-nos num movimento único de protesto a favor do fim das despesas de manutenção. Disse.

P.S. – O movimento já tem três membros. Eu o meu pai e a minha mãe. Os bancos que se acautelem.

Trânsito parado na auto-estrada

Atrasado, pela auto-estrada fora, trânsito parado. Algo completamente rotineiro, tal como o que escrevo a seguir. Ora, a auto-estrada tem três filas. Venho desde há vários quilómetros na faixa da esquerda e está tudo parado. A do meio está a andar melhor, por isso faço pisca, oiço uma buzinadela mas encaixo-me. Mas, o trânsito pára nesse exacto momento. A fila da esquerda começa a andar. Depois é a vez da via da direita, para onde passo prontamente. Poucos metros à frente, o "inesperdao". Pára também. A do meio continua a andar e a da esquerda ainda não parou desde que saí de lá. Vou novamente para a faixa do meio para prontamente regressar à da esquerda (de onde nunca devia ter saído). E paro!!! Nem se mexe... estou parado na fila da esquerda... e as outras estão a andar...

quinta-feira, 4 de março de 2004

Não baixar os braços

Ainda gostava de perceber por que continuam a insistir nas entrevistas aos jogadores após os jogos de futebol. Não entendo. Ora, alguns (poucos) fartam-se de correr 90 minutos (se lhe subtrairmos o tempo perdido, ficam uns 35) e vêm todos transpirados (Córroreeeee!). Ora, se numa situação normal a sua oralidade é uma bênção aos nossos ouvidos, no final de um jogo é o que se sabe. "Lutámos [termo mais que certo, por vezes], mas não tivémos sorte"; "O resultado foi injusto, merecíamos ter ganho"; "Foi um bom jogo de futebol"; "Perdemos mas não vamos baixar os braços (muito gosto eu desta)"; "Temos que olhar para a frente". Isto já para não falar dos impropérios que dirigem, quase sempre quando perdem, ao árbitro. E depois, nas transmissões televisivas ficam muito chocados quando não aparece nenhum jogador (normalmente também quando perdem). Deviam agradecer!!! O que se pode esperar dali? Mas continuam a insistir... e depois multam os treinadores, quando não vão à mini-entrevista. Aquela onde as estações de televisão ganham dinheiro com toda a publicidade cravada num placard. Mesmo quando não vão, o repórter tem que aguentar pelo menos um minuto, para que tenhamos tempo de ler todos os patrocinadores. E, por isso.... continuam a insistir... só me resta "não baixar os braços"...

Ventoinha passa para velocidade 2

Quero aqui pedir desculpa pela inactividade da ventoinha. Este facto deveu-se apenas a problemas técnicos que não tivémos (!!??!) Porém, acabei de passar a ventoinha para a velocidade 2, o que é obra. E, para o provar, consegui adicionar uma área de comentários. Está pronto a ser inaugurado.