quinta-feira, 27 de novembro de 2003

Autocarro "engolido" em Campolide rebocado até às Amoreiras

Estava eu, com o meu bloco de notas, a tentar tirar dados do acidente, com um cenário caricato ao fundo: um autocarro dos TST totalmente na vertical, enfiado numa cratera de 20 metros de profundidade e sete de diâmetro. Ora, versões oficiais para aqui e menos oficiais para ali, apurámos um dado que ainda ninguém noticiou. Por isso, em primeira mão a Ventoinha sabe que o referido autocarro foi rebocado... mas para as Amoreiras. Ao que se sabe, a ordem partiu de Santana Lopes, depois de várias reuniões com engenheiros e peritos. Ainda em data incerta, o trânsito vai ser totalmente cortado no sentido descendente da Rua Joaquim Augusto Aguiar, onde estará estacionada a viatura. O efeito pretendido é em tudo semelhante ao de Campolide, mas para abrir o Túnel do Maquês. De acordo com peritos contactados esta é uma forma "muito mais barata de fazer a obra". E, por isso vai mesmo avançar. Santana Lopes congratulou-se com a experiência em Campolide, "que correu muito bem, mas que passou um pouco o pretendido em termos de diâmetro e profundidade". Por outro lado, o autarca garante que "tudo correrá melhor no Marquês, já que o autocarro ficou parcialmente desfeito na parte dianteira e por isso ficou muito mais leve". Santana confia ainda que o Túnel "estará operacional a tempo do Euro 2004". O edil absteve-se foi de comentar os honorários aos TST e fechou-se num lacónico "o autocarro já era bastante velho...!

segunda-feira, 24 de novembro de 2003

Escolhas difíceis...

- "Bom dia, dê-me um ice tea, por favor"

- "Limão, Pêssego ou Manga?"

- "Pode ser limão"

- "De lata ou pressão"?

- "Lata, por favor"

- "Fresco ou natural?"

- "Fresco"

- "Quer copo ou palhinha?"

-"Copo!"

- "Era pêssego ou limão?"

Espelho para quê?

Quem costuma frequentar cabeleireiros ou barbeiros sabe que é prática corrente. Mas, no meu caso é estranho. Chego ao barbeiro, aqueles de bairro onde se fala de gajas e de futebol em português vernáculo, e, quando não tenho que esperar e ler uma revista, sento-me numa cadeira ultra-moderna. Essa é outra, porque é que num barbeiro, supostamente para Homens (a maiúscula é propositada, para dar ideia de machos latinos dominadores), há a "Tv Guia", "Tv 7 Dias", "Caras" ou a "Lux"? Interrogo-me várias vezes, mas até hoje não tive coragem para perguntar ao barbeiro o porquê da sua opção. Talvez uma "Men´s Health", a "Turbo" ou mesmo a "Playboy" refundida no meio dos jornais desportivos. Não sei, sou eu a divagar. O que é certo é que, por exemplo, descubro que a Marisa Cruz "tem um namorado" (de referir que assim a expressão torna-se intemporal, e não corro o risco de estragar alguma "bomba" de uma qualquer revista). Mas o que é certo é que leio, porque lá está. Confesso que me custa chegar e sentar logo na cadeira, antes de fazer uma breve revista de "imprensa". Mas vamos realmente ao que interessa.

Eu chego ao barbeiro, já saltei toda esta parte das leituras, e é como no café: "o costume". Lá vem a máquina, pente 3. No fim daquilo tudo, que é basicamente passar a máquina indiscriminadamente sobre a cabeça vem a parte que me intriga. Isto já depois do pó de talco e de aparar as patilhas. Como dizia, vem aquela parte em que o barbeiro (ou qualquer outra variante) agarra no espelho e mostra-me como ficou atrás.

-"Gosta? Tá bom?"

Mas para quê, já está feito!!!

domingo, 9 de novembro de 2003

A Tv de Domingo à tarde

Já tinha reparado muitas vezes. Mas hoje reparei novamente como é limitada a programação dos domingos à tarde das nossas televisões. Num dos canais um filme com um miúdo e um cão, no outro canal eram 5 miúdos e um cão, e no outro 3 miúdos e 2 cães. Não era com esta precisão, o importante são os miúdos e os cães. Os programadores proporcionam tardes de emoções, de inocência, muita sensibilidade, com aquela receita que a maioria gosta. O pior são os que (dizem) não gostam. Ao fim dos primeiros cinco minutos (porque não outras opções) já estamos todos derretidos a ver o miúdo fazer festas ao cão, a jogarem basket (?) juntos e até a conversarem (??!!?) sobre uma qualquer banalidade. É uma receita gasta, mas continua a funcionar... até para os que... não gosto!