sexta-feira, 7 de julho de 2006

Da conspiração taxista

Eu não queria sequer falar disto, mas, sinceramente, não aguento mais ponto final paragrafo
As revelações que estou prestes a fazer vão provocar algum choque, ou não. Toda a gente já reparou que os taxistas têm um comportamento estranho na estrada. Até aqui, tudo muito certo, agora, o que não sabem é o seguinte, os taxistas são de uma espécie diferente da do condutor normal, eles não são humanos. O que acabo de dizer é tão certo como ficar com a pilinha em forma de castanha de caju quando tomo banho frio.
Eu não queria acreditar quando me disseram, então, para tirar tudo a limpo, decidi ir verificar. E não é que cheguei à conclusão de que os taxistas são como os vampiros! Como é que me apercebi disto, perguntam vocês, é simples: os táxis nunca aparecem nos retrovisores, isto é, o corpo físico que eles têm não é reflectido; mas isto não é o pior, o pior é quando nós queremos mudar de direcção numa faixa de bus e eles aparecem, do nada, sem mais nem menos, sem terem dado sinal de vida no retrovisor. Quando estamos a mudar de direcção, toma lá bolachas!, aí estão os taxistas, sem dar abébias, e prontos para dar cabo do carro que nós vamos a conduzir. Para além de não se ver o reflexo deles, eles costumam ser chupistas, mais uma parecença com os vampiros. Se entrarem num táxi com hálito a alho, os taxistas coçam-se todos e afastam a cara (mas isto também acontece nos autocarros, nos cafés, nos acontecimentos sociais em geral). Enfim, ao que parece, eles conspiram para que toda a estrada seja uma grande via de bus, incluindo auto-estradas, e para que mais ninguém possa andar nas estradas a não ser que seja taxista. Ah!, mais uma coisinha, se apanharem um táxi e se depararem com uma foto do Robert de Niro em tronco nu e de moicana, é sinal que esse taxista pertence a um dos graus superiores da hierarquia taxista.

terça-feira, 4 de julho de 2006

Post que sai do registo de engraçadinho do autor e demonstra a centelha romântica do mesmo aproveitando a euforia futebolística:

Resumo de Amor e Futebol
Os teus olhos fintam-me os sentidos
E desmarco da roupa os teus ombros caídos
Centro para a pequena área dos teus lábios
E remato, marcando Beijo!
Numa jogada estudada, planeio um livre
Directo ao teu coração
Passo as mãos pela cara
Ajeito a camisola e o calção
Remato um carinho
Para te sentir na minha mão
Jogo com os sentidos a defender em linha
Atento aos teus foras de jogo
(Marco-te falta, de cartão em punho, se não te quiseres minha)
Nas bancadas, gritam por mim,
Que ataco agora.
Estamos empatados em número de beijos
E já está quase na hora
Entramos nos descontos
E eu marco um canto com a sobriedade
Que ainda me resta
Falho o beijo que me faria vencedor
Adiando a esperada festa
No tempo extra, marcas um beijo
E eu outro
E, extasiados já,
Continuamos empatados até ao final.
Na sorte dos penalties nos lançamos
Almejando a vitória neste amor que jogamos
Terminou o jogo e ganhaste tu
(quer dizer, ambos ganhámos)
Nada é perder por 4-3 em beijos
Havemos de nos cruzar noutra jornada
Fazendo de árbitro os nossos desejos.