domingo, 6 de novembro de 2005

Publicidade Vodafone

Íamos os dois, naquela carruagem vazia. Quando ele entrou eu já lá estava e foi uma sensação arrepiante quando, com tantos lugres, ele se sentou mesmo em frente a mim. Esbocei um leve sorriso, muito envergonhado. Ele vestia uma t-shirt branca com thief estampado a caracteres pretos. O comboio deslizava pela linha, estação após estação e eu só pensava em qual delas ele iria sair. Até que o meu telemóvel tocou, fiquei em suspenso. Atendi e era engano. Voltei a colocá-lo na mala. Chegámos ao fim da linha e eu levantei-me, primeiro do que ele, e saí, com passo lento. A estação estava deserta. Senti os passos dele atrás de mim, e esbocei novamente um tímido sorriso. De repente, ele puxa a minha mala, começa a correr e nunca mais o vejo. Já na rua, encontro a minha mala, com tudo menos o telemóvel. Não devia ter atendido a merda do telemóvel. Vive o momento.

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5 comentários:

NG disse...

Muito bom!!!
Mas eu prefiro o final feliz.

Marcaquinho do Chinês disse...

AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!!!!!! EHEHEHEHEHEHEHEHEHEHHEHEHEHEH! genial!!

Cláudio disse...

Estes anúncio têm pernas para andar. Mas pronto... eu confesso que ganhei um carinho especial pela efémera, depois do anúncio da Vodafone.

Vive o momento.

Cláudio disse...

Estou rendido às maravilhas da publicidade! lol

Anónimo disse...

Tínhamos portanto um anúncio inovador em Portugal, e quem sabe no mundo inteiro!
A bordo de um comboio suburbano, malcheiroso e encardido, um possível engate gay e um final infeliz.

Gostamos da vida tal como ela é.

E a realidade a sério reflecte-se na publicidade. Muito bem!