segunda-feira, 7 de novembro de 2005

Manu - Mais um par de Miguel Vieira na prateleira

A noite no restaurante afrodisíaco não lhe sai da cabeça. Manu ainda não conseguiu superar o trauma e, desde aquele fatídico dia que não factura com a sua Sheila. Os amigos não precisam de fazer um grande esforço para perceber quando Manu está deprimido. Basta olhar-lhe para os pés. O sinal é dado quando arruma os Miguel Vieira no roupeiro e os troca por uns tenis entre o atleta e o casual. Esta manhã, ao acordar, a primeira coisa que fez foi abrir o dito roupeiro, onde, em duas prateleiras enormes, guada os seus 15 pares de Miguel Vieira. Depois, olhou para o espelho e fez uma introspecção: "Atão man, tás-te a passar?". E esta pergunta simples mas profunda, mudou-lhe o estado de espírito. Vestiu-se rapidamente para ir trabalhar e passou o dia na Precision a pensar na noite. Mal saiu foi a correr para casa e, no entretanto, ligou para a Sheila. Combinou ir ter com ela, curiosamente sozinha em casa, depois do jantar. Tomou banho, passou vários cremes na cara e no corpo, perfumou-se e vestiu a roupa mais nova que tinha. Os sapatos foram, como não podia deixar de ser, os Miguel Vieira. Mas estes ainda embrulhados dentro da caixa. Passou no Colombo e comprou umas flores. Como o jeito para essas coisas é escasso, escolheu um ramo que já estava preparado, com 12 rosas. Voou até casa de Sheila, que ficou completamente derretida com as flores. Tanto que apenas deu um beijo rápido a Manu e foi tratar de por as flores em água, na única jarra que tinha em casa. E ficou pelo menos 10 minutos a contemplar as rosas, enquanto Manu desesperava no sofá, já todo aceso. Finalmente Sheila começou a chegar-se a Manu e agradeceu-lhe com um longo beijo e um apalpão no rabo, o que o deixou todo excitadinho. Nesta ânsia de facturar levantou-se de repente e bateu com o cotovelo na jarra, o suficiente para cair, partir-se e mutilar mais de metade das rosas. Foi o fim. Sheila chamou-lhe tudo o que lhe veio à cabeça num tom capaz de acordar os vizinhos no prédio ao lado. Teve que se despedir com um frio "boa noite", sem resposta e seguir para casa. Quando chegou, a primeira coisa que fez foi guardar os Miguel Vieira na caixa, ao lado dos que usou na noite do afrodisíaco. Estavam já na prateleira do azar, encostados.

Restaurantes (pouco) afrodisíacos

2 comentários:

Marcaquinho do Chinês disse...

ésse bumbu não factura meiiismo! Manu ca dá cafungada no cangote di Sheila. vida di sófrimentuuuuuu! vida está dificil pra Manu! ehehehehehe, muito bom!

Cláudio disse...

tadinho do manu. tu nem imaginas o que ele anda a sofrer com esta situação. E voltou a andar de ténis... não factura mesmo e pior que isso para um gajo com o manu só mesmo sujar os Miguel Vieira.