Aproxima-se aquela famigerada altura do ano em que todos nós sacrificamos as nossas carteiras ao ritual capitalista do consumismo desenfreado das compras Natalícias. Quanto mais a época se vai aproximando, mais alta e febril é a loucura que se vive nas lojas. Nos dias 23 e 24 então, torna-se mais fácil sobreviver a uma tarde passada na companhia de uma família de canibais (mesmo ostentando uma maçã na boca), do que a uma tarde passada às compras numa grande superfície comercial. Quem, como eu, deixa habitualmente as compras para essa altura, sabe bem o prazer que daí advém. Nenhum.
E de quem é a culpa?
Dos Reis Magos.
Esses pelintras.
Se algum dos camelos que os transportavam tivesse tido um furo no casco, impedindo-os de levarem as suas oferendas ao menino Jesus, ou mesmo se em vez de irem até Belém, tivessem resolvido ir ao “Abdul’s” petiscar uma caçarola de dromedário, a paz reinaria em Dezembro desde então. Mas nããããoo…
Mais, tenho que admitir que acho duvidoso o facto de três indivíduos desconhecidos terem viajado distâncias longínquas pelo deserto fora, montados em camelos, só para ofertar ouro, incenso e mirra a um recém-nascido, do qual nem familiares eram, sem pedirem nada em troca. É um tudo-nada dúbio. Acho que devia ser feito um apelo geral a Alexandra Solnado no sentido dela estabelecer um diálogo com Nosso Senhor e esclarecer esta história duma vez
por todas.
Quem sabe se uma das grandes crises da actual sociedade consumista não ficaria assim sanada?
Quando as luzes de natal já preenchem por completo as ruas das cidades e as montras ostentam gordos bonecos pai natal, o nosso leitor 5003 deixa-nos uma profunda reflexão. Por isso, só temos a agradecer ao Inútil, do blog com o mesmo nome.
2 comentários:
Muito bom Inútil, muito bom.... e cumpriste a única missão que o natal pode ter. Ser a base das piadas e do humor. E há tanto para dizer. Muito bom.
tem muita razão sr. Inútil. um nascimento e algumas prendinhas e 2005 anos depois temos àrvores de andaimes. brindemos ao natal!!!VIVA!!!! eheheheheeh, continua a escrever!
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