Isto está bom, muito bom mesmo. Finalmente alguém teve paciência de ler toda a obra (cof cof) da Margarida Rebelo Pinto, a escritora (atchiimm) mais lida em Portugal. João Pedro George, professor universitário deu-se ao trabalho. Nas suas palavras, "regressado à superfície, posso afirmar, com propriedade, que Margarida Rebelo Pinto despertou o masoquista que há em mim. Que lê-la, do primeiro ao último livro, foi um tormento digno da Bíblia." E deixo apenas alguns exemplos do que podem ler, na íntegra (vale a pena) no Esplanar.
"Margarida Rebelo Pinto repete-se imoderadamente, copia frases de uns para outros livros, utiliza por vezes citações de escritores sem lhes atribuir a origem, tem deslizes de ortografia e comete erros gramaticais, as personagens, as situações, os temas e a estrutura narrativa são sempre os mesmos, as vidas que relata são homogéneas e monótonas, há incongruências catastróficas no vocabulário dos narradores, retirando-lhes toda a credibilidade, as representações dos homens e das mulheres são padronizadas, estereotipadas e simplistas, a escrita toca as raias do mau gosto e do anedótico, o estilo é uniforme e preguiçoso".
Há qualquer coisa que não bate certo quando os diferentes narradores, sejam eles homens ou mulheres, se expressam mentalmente da mesma maneira: “bebo dois copos antes do bife aterrar na mesa” (SL, p. 108), “a sobremesa aterrava finalmente em cima da mesa” (NHC, p. 53), “a dourada aterra na mesa, devidamente rodeada de batatas e legumes” (NHC, p. 87), “o vinho aterra na mesa” (AP, 45), o prato (...) que me aterrou debaixo do nariz” AP, p. 60), “pratos e pratos de picanha, arroz, feijão preto, farofa e couve mineira aterram na mesa” (AP, p. 160), “os ducheses que aterravam na mesa” (AC, p. 80).
Dir-me-ão que todos os escritores têm as suas obsessões. É verdade. Mas que dizer disto: “Só a ideia de ouvir a voz do Miguel dá-me vómitos” (Vera, AP), “quando o meu pai batia na minha mãe, eu ficava sem me conseguir mexer e com vontade de vomitar. Engolia em seco e tentava evitar os vómitos” (Maria do Carmo, PCN), “cada vez que penso que andámos neste disparate quase dois anos até me dá vontade de vomitar” (Julieta, PCN), “quase a vomitar com o cheiro do corpo dele” (Maria do Carmo, PCN), “fiquei tão enojado que me despedi à pressa, inventei uma desculpa qualquer e fui para casa vomitar” (Pirolito/André, PCN), “estou enjoada, enjoada, cheia de vontade de vomitar” (Julieta, PCN), “uma toalha cor-de-rosa e uns guardanapos a dar com a toalha. Aquilo era pior do que vomitado de cão” (NHC, p. 210) ou “bata verde vomitado de cão” (AP, p. 29).
E pronto, ficam alguns exemplos. Finalmente alguém que diz mal, mas de forma fundamentada. Eu garanto que me fartei de rir!!!
4 comentários:
aterrei no vómito do cabrão do Miguel que era podre de giro e vestia roupinhas de Ken. Malta, está aqui o meu best-seller.
epá, este gajo que fez isto, merecia um prémio. Que suplício deve ter sido ler aquela tralha toda!!!
hehehehehe gd Cláudio!!
Eu também li este post (inteirinho) mas antes de lêr este teu... há coincidências... Sei lá!
Concordo contigo, o gajo merece um prémio. Aconselho vivamente a leitura.
Esse senhor deve mas é ser um frustrado, que sente inveja do sucesso dela!
E pronto, está dito.
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