segunda-feira, 4 de julho de 2005

Mulher da vida morre…


Uma mulher da vida, que andava na rua de mini-saia pela cintura e de botas até aos cotovelos, morreu. Sendo uma mulher da vida, a morte apanhou-a, como é óbvio, por trás; agarrando-a nos cabelos, sem dó nem piedade, penetrando-se-lhe no corpo, passo a expressão, e, retirando-lhe a alma, deixou-a caída no chão, sem um tostão nem sistema de saúde. A princípio, julga-se que quem a matou é, portanto, um assassino, mas deixemos isso para a peritagem, porque também pode ser um homicida, ou ainda uma pessoa, o que torna as coisas muito mais macabras. Para Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, “…trata-se de um ultraje às liberdades pessoais, a morte não tem direito de matar, muito menos assim, a morte é ditatorial e imperialista e quando se morre é sempre para o mesmo”. É deveras estranho que uma mulher da vida tenha morrido, poderá tratar-se de um argumento plausível para o autor de “O Código Da Vinci”, mas não, é a realidade, as mulheres, mesmo sendo da vida, também morrem. José Sócrates nem deitou uma lágrima, pois a peritagem chegou à conclusão de que não se tratava de um gaj@. Marques Mendes disse que era inadmissível uma mulher da vida morrer durante um governo do PSD, O CDS mostrou uma estranha simpatia pelas palavras de Sócrates, já Freitas do Amaral continua pior que o Gervásio da reciclagem, tendo mesmo que aprender o que é a esquerda e o que é a direita desde o inicio.

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