sábado, 9 de julho de 2005

Al-Tozé garante que atentado em Lisboa nunca será antes de 2009

Depois de uma troca de e-mails entre o Ventoinha e uma célula estaminal da Al-Qaida, em perguntas e respostas da direita para a esquerda, podemos assegurar que Lisboa não será alvo de qualquer atentado, pelo menos até 2009, graças às potencialidades da nossa rede de transportes. A garantia é dada por Mohamed Al-Tozé, com justificações verídicas – entretanto comprovadas pelo corpo de operações especiais do Martim Moniz -, que passamos a transcrever:

Ventoinha – Sr. Al-Tozé, há alguma possibilidade de organizar um atentado terrorista a Lisboa?
Al-Tozé – Estudámos essa possibilidade e o novo Governo era a nossa esperança, mas depois de 100 dias a Governar o sr. José já nos desiludiu.
Ventoinha – Como assim?
Al-Tozé – Enquanto Lisboa não for uma cidade organizada, jamais conseguiremos organizar algo decente que possa servir os nossos interesses.
Ventoinha – A rede de transportes da capital não vos dá garantias?
Al-Tozé – Não é preciso ser árabe para saber isso...
Ventoinha – O Metropolitano não seria uma boa aposta?
Al-Tozé – Se não fossem as constantes interrupções por falhas de energia, ameaças de bomba – que nos têm retirado muito protagonismo – e obras a toda a hora que param a circulação até era capaz de ser possível, talvez no Marquês...
Ventoinha – E a rede da Carris? É sempre mais fácil ter acesso aos autocarros...
Al-Tozé – Nas latas velhas nem vale a pena gastar energia, porque à velocidade que avariam, estão sempre vazios, com o triângulo colocado ou dentro da oficina e os novos veículos andam sempre atrasados ou imobilizados por acidente na rotunda do Marquês. Ora, estas coisas são planeadas e as bombas têm de explodir onde nós queremos. Não sentimos qualquer colaboração da parte da Carris.
Ventoinha – E os comboios?
Al-Tozé – Bom, na Linha de Sintra, já por duas vezes que nos roubaram o saco com os explosivos e na Fertagus, que até era um bom alvo por cruzar a Ponte 25 de Abril, os nossos suicidas não têm dinheiro para o bilhete. Há bilhetes para cima de cinco euros e como tem de ser uma coisa planeada, o orçamento não o permite. Mas a JAQ (Juventude Al-Qaida) já entrou com um projecto para conseguir fundos europeus a fundo perdido para a nossa actividade. Está em apreciação.
Ventoinha – Não querendo ser chato, mas há sempre a possibilidade do Aeroporto da Portela...
Al-Tozé – A última vez que apanhei um avião em Lisboa, mudaram-me a porta de embarque quatro vezes, com um atraso de duas horas e meia. Como vocês aí costumam dizer, para bom entendedor...
Ventoinha – Posso então concluir que a rede de transportes de Lisboa é mais forte do que as brigadas da Al-Qaida?
Al-Tozé – Estamos a trabalhar.
Ventoinha – Quando julga ser possível um atentado em Lisboa?
Al-Tozé – Não conseguimos ainda ter nada marcado, mas nunca antes do fim desta legislatura, em 2009. E tudo dependerá de quem formar novo Governo, vamos aguardar com expectativa.

2 comentários:

Anónimo disse...

Cá para mim, qualquer Governo que venha vai continuar a afastar quaisquer possibilidades de ataques terroristas. O caos veio para reinar.

Cláudio disse...

Graças a Alá!!!