domingo, 10 de julho de 2005

Co-religião em Lisboa

Uma quê? Isso mesmo, uma co-catedral. A ideia peregrina e iluminada foi do ex-futuro Papa, D. José Policarpo, que perdeu na recta final para Ratzinger, fruto do pulmão se ter ressentido do fumo branco do tabaco. Para completar o ramalhete, assinou um protocolo com a Câmara de Lisboa, liderada por Santana Lopes. Dois loucos que chegaram à designação mais ou menos como se decidem as manchetes do 24 Horas. Quanto pior, melhor! Vamos então ter uma co-catedral projectada por um nome grande da arquitectura internacional – ainda em concurso -, novinha em folha, mas subjugada à já existente Sé de Lisboa. Uma espécie de equipa B; mas que vence os jogos todos contra a equipa principal. Nova Catedral não se poderia chamar, uma vez que já existe o Estádio da Luz e, além disso, «velhos e novos são os homens», justifica Policarpo. Assim sendo, vamos ter uma co-catedral, que terá um co-padre, a celebrar co-missas onde os co-fiéis se deslocarão para receber a co-hóstia, num acto co-fiel. A parte boa é que estamos a chegar a uma fase em que a Igreja Católica está a passar a co. Uma espécie de co-religião, cada vez mais distante.

1 comentário:

Anónimo disse...

...e a um passo de se tornar uma SAD...