quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Estudo independente dos saldos da Zara


Ter uma afilhada que faz anos em Janeiro, logo depois do Natal tem destas coisas. Todos os anos penso que devia comprar antecipadamente a roupa que lhe ofereço sempre no aniversário (os brinquedos são no Natal). Todos os anos penso, mas todos os anos fica por cumprir. Mais uma vez, tive que me enfiar na Zara (e cada vez mais me assusta como isso pode dar prazer a alguém) a escolher roupa. A loucura dos saldos faz com que não haja nada e que, invariavelmente compre coisas da nova colecção. Isso não me chateia nada, desde que haja o tamanho certo, siga. Agora, o que me deixou ontem muito pensativo foi o facto de, nos montes de roupa em saldos, haver tudo para crianças-anãs entre os 2 e os 5 anos e depois só de gigantones de 12 para cima. Um qualquer fenómeno estranho se passa, porque as peças são exactamente iguais, mas há ali uma falha entre os 6 e os 11. O que me faz pensar que toda a gente desatou a fazer filhos entre 1998 (depois de noites loucas a ver o Aquamatrix na Expo) e 2003 (para os pais ficarem já despachados dessa tarefa para apoiar como deve ser a selecção no Euro 2004). Isso é realmente estranho. E faz-me também pensar que o decréscimo de natalidade, a avaliar por esse organismo independente que é a Zara, deu-se exactamente pela desilusão no Europeu de Futebol e também por já se ter uma vaga ideia que Sócrates podia ser primeiro-ministro. 

1 comentário:

Anette disse...

Pois devo dizer-te que também andei enfiada em lojas e só saí de lá viva por mero acaso. fui empurrada, rasteirada, puxaram-me os cabelos, arrancaram.me peças que já tinha ao ombro, enfim, só não me esmagaram a cabeça numa altura em que procurava um "L" nochão por baixo da bancada porque o meu gajo deu um grito e eu levantei-me a tempo. Resultado? Uma camisola, um casaco, umas botas e uma mala... tudo sem ser de saldo e já da nova colecção.