terça-feira, 30 de agosto de 2005

O homem do palácio

Um destes dias Mário apareceu com um ar muito acabado no Largo do Rato, próximo da sede do PS. Num estado bastante frágil e sem dizer a mínima palavra, começaram a juntar-se algumas pessoas à sua volta. Vinha com a gravata torta e com uma camisa que não se usa há uns dois mandatos. De fato escuro todo encharcado, depois de ter andado às voltas por Lisboa à procura da sede do PS, Mário estava mudo. Quem passava tentava arrancar-lhe uma só palavra e nada. Chegou o INEM que o levou para o Hospital de São José – o que cobre aquela área. Os médicos não sabiam o que fazer, porque de saúde estava aparentemente bem. Até que alguém se lembra de dar um bloco e uma caneta para a mão de Mário. O espanto assola toda a enfermaria 81 quando das mãos já enrugadas sai o Palácio de Belém. Contactados os mais conceituados especialistas, chegou-se à conclusão que Mário era um reconhecido candidato à presidência da República. Assim foi.

2 comentários:

anDrEIA disse...

Um autêntico regresso ao passado e ao velhinho slogan: "Soares é fixe e o resto k se lixe!"... Uma pergunta: será k o sr n tem noção k já n tem 20 anos!?! LOL

Margarida Batista disse...

ehhehehehe muito bom aml (associação médica de lisboa? - eheheheh)
lembro-me muito bem desse slogan, eu tinha precisamente dez aninhos e eu e a minha irmã íamos para a sede do ps cá do burgo pedir autocolantes, que eram todos modernaços e traziam um sol todo modernaço e, pronto, fixe qb
era quase tão importante como assistir ao Verano Azul apresentado pela Vera Roquete

em relação à candidatura do (olhe que não) sr dr não vou acrescentar nada que já não tenha sido dito antes. resta-me não pôr os pés nas urnas (o que é muito bom, já que me parece um bocado mórbido)