segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005

Calma...é o Dia dos Namorados mas o mundo não acaba para os solteiros

Um abraço a todos os solteiros. De verdade! Não fiquem tão irritados por existir o Dia dos Namorados. Calma. Mais tarde ou mais cedo também vão encontrar a vossa cara metade e também vão querer jantar neste dia, trocar beijinhos e outras coisas, fazer surpresas.
Este dia - para nós que estamos apaixonados e que já temos a felicidade de partilhar a vida com a nossa alma gémea - , é mais um pretexto para regarmos esta planta enorme que continua a crescer em direcção às nuvens, e não tanto um dia em que somos obrigados a... Pelo menos para mim. Não se indignem, ou pelo menos não se indignem apenas com o Dia dos Namorados. Porque se estamos a falar de interesses comerciais, então é mais premente criticar o Natal, que tanto diz a tantos. Altura em que se dá um par de cuecas enormes à tia que destestamos e um par de peúgas às riscas ao avô que nunca encontramos, a quem nunca ligamos.
Calma. Deixem-nos fazer as nossas coisinhas e continuem com as vossas. Parece existir um ódio de morte por parte dos solteiros em relação ao dia de hoje. Não liguem, este dia não vos diz respeito, não é nada com vocês. Desliguem. Divirtam-se na vossa solteirice e deixem os outros divertirem-se como quiserem. Dêem beijos à vossa mãe. Não lhe costumam oferecer esses mimos no Dia da Mãe? Não fiquem à espera desse dia. Dêem esses mimos hoje, por exemplo.
Calma. Agora não podem é, lá por serem solteirinhos, desatar a boicotar um dia só porque não vos é destinado. E voltando à mãe, acham que faria algum sentido os orfanatos começarem a fazer rebeliões contra o Dia da Mãe porque pura e simplesmente tiveram a infelicidade de já não a ter? Não faz sentido algum.
Deixem-nos ir jantar fora, deixem-nos trocar beijos e andar de mãos dadas. Deixem-nos trocar surpresas e repetir vezes sem conta o tamanho dos nossos sentimentos. Não chateamos ninguém. Não vos aparecemos em casa com bilhetes lamechas, não vos aparecemos em casa a pedir uma refeição à luz da vela.
E por falar nisto...deixem-me ir. É que vou jantar fora e fazer essas coisas todas que tanto vos irritam. Não se irritem. Aproveitem as coisas boas de serem descomprometidos. Nós amamos um, vocês amam todos, sem olhar a quem, como dizia Espanca.

Para o "Zé".

Sem comentários: