quarta-feira, 13 de abril de 2005

Como descascar um cardeal?

Em primeiro lugar, é necessário lançar já a proposição que deu o mote a este texto: todos os cardeais são papáveis. EHEHEHEHEHHEH… errhum… perdão, mas é que… AHAHAHAHAH! Errhum. Cocentrate, Focus, Power! As coisas que os homens inventam.
Portanto, para descascar um cardeal é necessário que se comece pelo chapéuzito ridículo, como se fosse uma tampa. De seguida, retirar os adereços que possam ter (óculos, dentaduras, terços) porque não queremos um cardeal indigesto. Se estiverem vestidos com a batina vermelha, o melhor a fazer é enrolar em jornal e colocar num sítio quente e sem claridade, como se faz às bananas. Sim, porque os cardeais são fruta parecida. Prosseguindo com a descasca, se o cardeal estiver já de preto, ou mesmo de branco – neste caso costumam saber a pureza, o que não combina muito bem com um cardeal –, estão bons para comer. Despe-se a batina como muito cuidado, e para que isso seja bem feito é necessário que esteja uma beata a supervisionar, retira-se a fralda da incontinência e está pronto para comer, da forma como desejarem, desde o cru ao gratinado, uma quantidade enorme de pratos, à semelhança do bacalhau, só que menos salgado e menos teso (mas mais casto!).
Um bom cardeal, para nota gastronómica, é um cardeal papável, como devem calcular, assim, os melhores cardeais são os que se encontram na faixa etária 60-70, pois são tenrinhos, incontinentes – para dar gostinho à carne – e se forem ao forno é tal e qual o frango, as peles tostam que é uma beleza. Aqui está a minha sugestão para uma refeição de conclave… Muito boa tarde e voltem sempre!

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