quarta-feira, 1 de junho de 2005

O boi é que decide

Em São Pedro de Alva há uma tradição que já cresceu para além da aldeola. Por esta altura começam a ser vendidos os talões da sorte. Ao estilo das rifas, cada pessoa tem um número. Depois, pela altura das festas da terra, faz-se um quadriculado a preceito e sem batotas no campo de futebol do clube desportivo. Depois, começa a festa rija. Em vez de jogadores dá entrada no campo um boi. E depois, de bancadas cheias, é esperar o tempo necessário até que o boi se digne a largar uma valente bosta. Ora, cada quadrado tem um número e ganha o apostador que tiver o mesmo número do quadrado onde cagou o animal. O prémio é o próprio boi. Quem tiver espaço leva-o para casa ou então vende-o ao talho lá da terra. Isto fez-me pensar se a escolha dos ministros não seria parecida. O primeiro-ministro é o chefe da comissão de festas e depois, já estou a imaginar um campo de futebol com nomes de possíveis ministros e onde o boi cagar.... pronto, está escolhido. E assim é feito para todas as pastas. Tal como em São Pedro de Alva é preciso pagar uma pequena quantia. Se a tradição pede 2,5 euros, para o Governo contam as quotas de militante, pagas a tempo e horas.

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