quinta-feira, 4 de março de 2004

Não baixar os braços

Ainda gostava de perceber por que continuam a insistir nas entrevistas aos jogadores após os jogos de futebol. Não entendo. Ora, alguns (poucos) fartam-se de correr 90 minutos (se lhe subtrairmos o tempo perdido, ficam uns 35) e vêm todos transpirados (Córroreeeee!). Ora, se numa situação normal a sua oralidade é uma bênção aos nossos ouvidos, no final de um jogo é o que se sabe. "Lutámos [termo mais que certo, por vezes], mas não tivémos sorte"; "O resultado foi injusto, merecíamos ter ganho"; "Foi um bom jogo de futebol"; "Perdemos mas não vamos baixar os braços (muito gosto eu desta)"; "Temos que olhar para a frente". Isto já para não falar dos impropérios que dirigem, quase sempre quando perdem, ao árbitro. E depois, nas transmissões televisivas ficam muito chocados quando não aparece nenhum jogador (normalmente também quando perdem). Deviam agradecer!!! O que se pode esperar dali? Mas continuam a insistir... e depois multam os treinadores, quando não vão à mini-entrevista. Aquela onde as estações de televisão ganham dinheiro com toda a publicidade cravada num placard. Mesmo quando não vão, o repórter tem que aguentar pelo menos um minuto, para que tenhamos tempo de ler todos os patrocinadores. E, por isso.... continuam a insistir... só me resta "não baixar os braços"...

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