Vazio de si, metendo dó, assim andava o pobre Tó, beberricando alegre, aqui e acolá. Falava-se de politica, vazia por si só e fazia trocadilhos inocentes o nosso Tó. Uma ingenuidade gritante, onde se escondia o crítico elegante. Sem ter poder na vida, foi dos poderosos ajudante. Vazio no juízo, que lhe tardava o siso, aparentemente feio, mas mais belo que Narciso, Tó intrigava os ouvintes com palestras e conversas adornadas por um ideal nunca morto. Os requintes, guardava-os para os palermas, os que se enfiam nas casernas do saber já bem estudado. Vazio de perspectiva deixava a gente indecisa, na corda bamba da dialéctica, que é enteada da Razão esquelética, caquéctica. Tó balançava a corda, o interlocutor, qual trapezista, em vez de lhe dar sentido, chamava-lhe vigarista. O Tó, vazio de si, metendo dó, viesse o retórico mais brindado que ele lhe dava o nó, muitas vezes cego. Dos adversários o ego, era marioneta dos discursos de Tó, o nosso amigo, que não tinha o centro de si no umbigo, como o resto de nós. Era tosco no que dizia, mas diz outras coisas a voz, diz por trás das palavras que soam… Tó, vazio de si, metendo dó
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