Na semana em que Vitor Constâncio anuncia o défice escandaloso, Sócrates engasga-se com as promessas eleitorais e precisa de beber muita aguinha de rosas para não esquecer o dogma e mesmo assim manter a flexibilidade de um gato político. Como é que um primeiro-ministro socialista dá uma noticia destas a um povo, nem com sais de fruto. A azia política pode ser amenizada, daí o título apontar para o facto de os socialistas serem uns para os outros. Num esforço enorme, para chamar a atenção, vou tentar dizer algo que faça sentido, já que comecei tenho de acabar: então o Guterres é o alto-comissário para os refugiados? Isto até parece panelinha com o actual executivo. Cá, neste jardim à beira mar plantado, que, cada vez mais, é pago como uma visita ao Oceanário – as espécies raras vêm incluídas – o I.V.A. aumenta, uma nuance socialista, um bom défice à boa casa torna. O P.S.D. não aguentou a pastilha e foi escarnecido. Já Sócrates, o Messias do Largo do Rato, pensava que era tudo sopinhas de leite, isto estava bem pior, a factura era bem mais cara que um fato Armani. Mas estou-me a desviar do assunto. A partir de agora vai haver, tememos, cada vez mais fuga ao fisco. Uma vez que Guterres é o alto-comissário para os refugiados, parece-me que a situação está bem encaminhada. Os renegados de uma economia em quase bancarrota têm de ir bater à porta daquele que em tempos também foi refugiado. Guterres percebe melhor de refugiados do que ninguém. Para além dos que fogem cá dentro há os que nem cá dentro se conseguem dar bem, então, toca a fazer as malinhas, pegue-se na trouxa e no farnel, a economia tem os dias contados. Se já houveram dois políticos que abandonaram o barco, por tacho ou por outro motivo, então a culpa não é da má gestão, porque essa não cria refugiados. A culpa é do sistema!
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