Hoje é um grande dia para os portugueses. Pelas 20h30 a RTP junta em debate os candidatos dos cinco partidos que concorrem às eleições de 20 de Fevereiro. Estamos a cinco dias de pegar nos nossos cartões de eleitores e ir à escola da zona - com os bombeiros à porta a pregarem-nos autocolantes redondos no peito -, para dizer olá às urnas.
E porque é que este debate vai ser importante? É que a cinco dias das eleições, vamos poder perceber, através do discurso de 22 minutos a que cada um terá direito, se vamos votar bem. Tá-se mesmo a ver, não é? "Ah! Eu sou adepta das políticas de esquerda, mas aquele senhor da direita (quase extrema) saiu-se melhor e tal. Vou votar nele!". Concordo com a discussão de ideias, mas penso sinceramente que na política é capaz de se trocar tudo...menos ideias. E, por isso, este debate a cinco dias das eleições só poderá eventualemnte contribuir para um maior número de votos em branco. Não é pelo que os cinco candidatos vão dizer hoje que alguém vai mudar o seu voto. E quanto aos indecisos...bem, esses acho que vão deixar de o ser. Vão ficar mais que decididos a não votar em nenhum deles. Isto sou eu para aqui a especular, pelo que que me foi dado ver ao longo do que já se passou nesta e noutras campanhas (em especial nesta).
Comparo estes debates políticos àquela típica postura dos jogadores de futebol portugueses de se porem a argumentar com o árbitro depois de uma falta marcada. Como se o homem vestido de negro, depois de escutar atentamente o jogador faltoso, voltasse a soprar o apito e informasse: "Meus amigos, eu errei. Afinal não é penalty...esperem, o outro jogador está a argumentar...não, o outro teve uma argumentação mais bem fundamentada e mostrou-me as últimas estatísticas dos jogos em que participou e, por isso, retiro mesmo a falta que acabei de marcar". Pontapé de baliza.
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