quinta-feira, 31 de agosto de 2006

TVI censura episódio de Inspector Max

A TVI, essa cadeia de televisão que prima pela qualidade e pela idoneidade cultural sem precedentes, censurou recentemente um episódio de Inspector Max alegando “conteúdos impróprios para consumo” – e é no uso desta terminologia que a TVI se confunde com uma cadeia de fast-food – dos mais jovens. O Ventoinha conta como tudo se passou.
A TVI convidou Wes Craven, o conhecido realizador da trilogia “Scream” e de “Pesadelo em Elm Street”, para realizar um episódio de Inspector Max. Nada de anormal até o episódio sair da edição, fresquinho, para ser visionado pelas autoridades éticas que actuam nos bastidores da TVI. O visionamento resultou num festival de vómito e Martini – há quem não se proíba de beber, até nestas situações.
Escusado será dizer que o Ventoinha teve acesso exclusivo a esse visionamento.
O episódio era simplesmente isto: Max, no princípio do episódio, está a dormir e um traficante enfia-lhe droga na cavidade anal. Ora, como é hábito dos cães andarem sempre atrás do próprio rabo, ninguém liga. Max passa o episódio todo a perseguir a própria cauda e a ouvir frases de ficção nacional como: “Ah, seu sacana!”, “Bolas, Max!”, “Max, só mesmo tu, pá!” e “Pára de perseguir a tua cauda que vais tão longe como a ficção nacional!”. O cão não percebeu.
O auge do episódio dá-se quando o inspector Jorge Mendes, desconfiado de que Max é traficante, tira a arma para o abater e vê, estupefacto, o agente canino a arrancar o rabo à dentada e a devorar o seu próprio cu, para no fim trazer de lá um saquinho de 1/5 kg droga.
E tudo acaba bem: “Muito bem, Max! Ah ah ah, o que era eu sem ti, companheiro!”, diz Jorge Mendes no final do episódio.

terça-feira, 29 de agosto de 2006

Pré-época Ventoinha: O Trimarã descodificado

Eles são os dois franceses. Gostam de entradas, como qualquer gastrónomo que se preze. Vão fazer um teste de ADN, mas isso não interessa. Se são assassinos, que mal tem um incestozinho? E mais, que se pode tirar de tudo o que tenho vindo a escrever: está uma sociedade secreta por detrás disto? A Pequena Sereia já é menstruada? (Se é, tem de ter muito cuidado com os tubarões!) Em verdade vos digo: um trimarã não é um catamarã. A isto se resume o que aprendi nestes últimos dias com este mistério.
Agora, o Código:
Havia uma morena, essa morena – toda a gente sabe – era Maria Madalena. Os dois franceses são bodes expiatórios, utilizados num joguete da Igreja, com um único fim: matar o pobre homem, que afinal era descendente de Jonas (o tal da barriga do peixe) e que vinha a Portugal, juntamente com Maria Madalena, para fins recreativos; que isto de salvar o mundo já deu.
Mas os franceses não sabiam que iam matar o homem. Na tentativa de pescar um ou outro polvo, porque eles são franceses e gostam de entradas (como a bela da saladinha!) empurraram o homem, que entretanto ficou atado a umas chumbadas, sem ninguém saber como, e assim morreu.
Mas ainda há muito para explicar: onde andava o Pinocchio? A salvar o Geppetto, com certeza? Não, nem por sombras! O Pinocchio estava com a morena, porque a madeira incha com a água. Desta forma, e para regozijo da morena, tornou-se impossível para Pinocchio ajudar o pobre homem que se ia ao fundo, devagarinho, com uma brochura de uma estância de turismo rural no bolso.
Assim se conclui: o descendente de Jonas morreu e “levou com a lenha”, porque o Pinocchio e a morena “pinocchiaram” que se fartaram. Os dois franceses, cujo móbil – que mata a cabeça a tanta gente – era apenas um polvo de dois quilos e duzentas, voltaram para terra sem polvos e estão condenados ao pesadelo gastronómico de comer na prisão. Eles estão, portanto, inocentes. O que matou o homem foi a ineficiência e perfídia de Pinocchio.
Geppetto continua na barriga da baleia.

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

Evolução (ou não)

É certo que a evolução não é para todos, mas por que raio continua a existir uma modalidade chamada 'lançamento do disco'? cd? Mp3? não?